Zizi Possi: 'Todos diziam que ser avó é maravilhoso; no começo não achava'
A maternidade é considerada por muitas mulheres uma grande revolução. Não somente pela chegada da criança e toda mudança de rotina que vem junto com ela mas, usando um termo da moda, pela "ressignificação" pela qual outros papéis passam. Muda a vida do casal, quando o cuidado parental é compartilhado, mudam as amizades e, muda também, a relação da filha que quase deixa de ser filha para ser mãe. Essa temática profunda foi o foco do segundo painel da 6ª edição de Universa Talks, que aconteceu nesta terça-feira (14) em uma bate-papo "De mãe para mãe", mediado pela jornalista e colunista de Universa Mariana Kotscho.
Compartilhando a experiência recente, estiveram no palco a cantora Zizi Possi e sua filha, a também cantora Luiza Possi, mãe de Lucca, 3 anos, e Matteo, 10 meses. "Julguei minha mãe, mas depois que tive filho eu a compreendi", declarou Luiza em um dos momentos da conversa. Ela, que disse recentemente como sentiu vontade de estar mais perto de Zizi quando engravidou, foi sincera sobre a situação muito comum a outras filhas que se veem compreendendo mais as mães quando a maternidade chega.
Embora seja uma avó presente e apaixonada, Zizi Possi contou sobre como foi o processo de encantamento pelo papel de avó. "Todo mundo dizia que ser avó é maravilhoso, o que no começo eu não achava", afirmou a cantora, que compartilhou ainda sua experiência anterior, de maternidade. "Pensava nos animais, que sabiam o que fazer. É uma coisa instintiva, tem que confiar no taco", contou, classificando este pensamento como um exercício enquanto esperava Luiza e, consequentemente, o início da experiência como mãe.
Culpa e julgamentos
Não é clichê. Famosas ou não, mães enfrentam os mesmos desafios quando os assuntos são o medo de não ser suficiente, o apontar de dedos, a culpa que nasce quando nasce uma mãe. Zizi atribui o excesso de julgamentos ao modelo de sociedade em que vivemos atualmente: "Esta é a peça da vez. Colocamos na cabeça que tal conceito é o que vale, que a mãe que não sabe fazer isso não é boa mãe. E julgamos o tempo inteiro", refletiu.
Para Luiza, além de condenações externas, pesa o autojulgamento. "Julguei minha mãe quando ela disse que parou de me amamentar quando eu tinha três meses. Daí, Lucca parou de mamar aos quatro meses e, no segundo, nem consegui amamentar direito", contou. Por outro lado, para ambas a maternidade foi uma oportunidade de reconhecerem uma na outra os méritos como mães. Enquanto Luiza enalteceu a Zizi avó, que diverte os netos se vestindo de super-heróis, Zizi, em uma bela declaração à filha, disse que toparia e adoraria trocar de papel e ser filha dela.
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