Aciclovir é melhor em pomada ou comprimido? Saiba para que serve o remédio
O aciclovir é um medicamento antiviral, disponível em comprimido ou pomada, usado para o tratamento de infecções causadas pelo vírus do herpes, tanto a genital quanto a oral.
Tem dúvidas dos benefícios dele, em quanto tempo dá efeitos, como tomar e possíveis efeitos colaterais? Saiba mais sobre o medicamento a seguir.
Aciclovir: para que serve, efeitos e como tomar
Para que serve o aciclovir?
O aciclovir age diretamente nos vírus, bloqueando seus mecanismos de multiplicação dentro das células que eles invadem e se tornam suas hospedeiras.
Normalmente ele é indicado para primeira infecção pelo vírus do herpes, tanto a gengivite estomatite herpética, como a infecção genital, no homem, e na mulher herpética pelo vírus herpes 2. Ele pode ser usado em casos de varicela e de encefalite herpética, que é quando o vírus invade e afeta o sistema nervoso do paciente.
Como e por quanto tempo usar aciclovir?
Normalmente, o tratamento do aciclovir para herpes simples e genital, seja em pomada ou em comprimido, é indicado por cinco dias, mas pode ter o tratamento prolongado por mais cinco, se os sintomas não diminuírem no período inicial. Se as lesões permanecerem após 10 dias, o paciente deve consultar seu médico. Já nos casos de herpes-zóster, dura de sete a 10 dias.
A pomada costuma ser menos indicada. Como as lesões herpéticas geralmente soltam secreções serosas, a ação da pomada não é tão eficaz, já que não consegue atingir a base da lesão.
Como tomar o comprimido de aciclovir?
O uso deve ser o mais precoce possível. Quando o paciente começa com os sintomas de dor e ardência, mesmo antes de aparecer as vesículas características das lesões, já pode iniciar o uso.
As dosagens do comprimido variam conforme o quadro.
O medicamento pode ser ingerido com ou sem alimentos. É importante aumentar a ingestão de água durante o tratamento para ajudar a prevenir problemas renais.
Como usar a pomada de aciclovir?
A pomada não costuma ser muito indicada pelos dermatologistas, já que eles acreditam que ela não faz tanto efeito. As pessoas utilizam mais quando há uma lesão no olho, quando o vírus afeta a córnea.
De qualquer modo, se você estiver utilizando-a, é importante aplicar conforme a periodicidade que seu médico indicar e sempre lavar as mãos antes e depois da aplicação, para evitar a contaminação de outros locais. Nos casos de herpes genital, seu efeito é muito pouco sentido —a doença geralmente segue seu curso normal, independente do uso da pomada.
Quais são os efeitos colaterais do aciclovir?
Os efeitos colaterais do aciclovir variam conforme sua apresentação:
- Creme: ardência e queimação passageira após a aplicação, ressecamento leve e descamação da pele e coceira;
- Comprimido: dor de cabeça, tontura, náusea, vômito, diarreia, dores abdominais, coceira, vermelhidão/protuberâncias na pele que podem piorar com exposição ao sol, sensação de cansaço e febre.
O comprimido também pode trazer algumas alterações nas funções renais, se for ingerido por tempo prolongado. Como idosos costumam ter a função renal reduzida, o médico pode reduzir um pouco a dose nesses casos.
Tanto pacientes com insuficiência renal quanto idosos também têm risco aumentado de desenvolver efeitos adversos neurológicos e devem ser monitorados cuidadosamente.
Quais são as contraindicações do medicamento?
Pessoas imunosuprimidas, como aquelas que possuem HIV ou já passaram por transplante, devem usar apenas o aciclovir em comprimido e com cuidado. O dermatologista Abdo Salomão Jr., doutor em dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo), explica que há risco de criação de resistência entre os vírus, o que pode piorar o quadro nessas pessoas.
Segundo a bula, o medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Interações medicamentosas
As interações medicamentosas do aciclovir são bem poucas. Alguns medicamentos, como ácido valproico, fenitoína e fosfenitoína, podem ter seu efeito reduzido pela ação do aciclovir. Já o uso concomitante com zidovudina pode levar a sonolência e cansaço.
Fontes
Daniel Cassiano, professor de dermatologia do curso de medicina da Universidade São Camilo (SP); Mônica Aribi, coordenadora do Setor de Cosmiatria do Hospital Ipiranga (SP); Letícia Nogueira Leite, do Cebrim/CFF (Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia) e Kleber Luz, professor da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e infectologista do Hospital Universitário Onofre Lopes, vinculado à rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
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