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Guloseima saudável: conheça os benefícios das pastas de castanhas

Pastas de castanhas são uma forma alternativa de consumir oleaginosas - nata_vkusidey / iStock
Pastas de castanhas são uma forma alternativa de consumir oleaginosas Imagem: nata_vkusidey / iStock

Danielle Sanches

Do VivaBem, em São Paulo

14/08/2019 04h00

Não é de hoje que o consumo de sementes oleaginosas --como castanhas, nozes, amêndoas, pistache, entre outras. -- está associado a diversos benefícios para a saúde, principalmente para o sistema cardiovascular.

Em um estudo de 2018 feito por estudiosos de Harvard e publicado pelo American Journal of Clinical Nutrition, por exemplo, ficou comprovado que o consumo de cerca de 25 gramas de nozes todos os dias poderia reduzir o nível de colesterol e triglicérides no sangue, evitando problemas cardiovasculares.

A novidade agora é que pode-se consumir esse alimento em outro formato: em pasta. É o que diversas influenciadoras fitness têm feito e compartilhado em suas redes sociais, aumentando a popularidade do formato entre seus seguidores. Um dos fatores de sucesso para as pastas são as dietas da moda, a cetogênica e a low carb, que priorizam o aumento na ingestão de gorduras boas.

Segundo esse tipo de dieta ou não, as gorduras dessas pastas são realmente benéficas: por serem monoinsaturadas e polinsaturadas, elas atuam como reserva energética, aumentam a saciedade e ainda oferecem a já conhecida proteção cardiovascular que as castanhas já são conhecidas por oferecem.

O consumo das pastas tem outro fator importante: elas lembram uma guloseima, tendo um efeito "comfort food" que ajuda a matar a vontade de comer quando a fome --ou a vontade de doce -- apertam.

Saiba escolher sua pasta

Assim como as oleaginosas, as pastas de castanhas possuem nutrientes que variam de acordo com o tipo utilizado em sua composição.
A de castanha de caju, por exemplo, é a com menor quantidade de fibras, mas com maior quantidade de selênio --que tem função antioxidante no nosso organismo -- e magnésio, importante para os ossos já que atua na absorção de cálcio.

Já a pasta de macadâmia possui mais carboidrato e gorduras, além de ter um alto efeito antioxidante. A versão com pistache, por outro lado, tem uma alta quantidade de fibras, sendo indicada para quem quer emagrecer justamente por aumentar a saciedade.

Independentemente da versão escolhida, é importante analisar o rótulo: quanto mais pura for a pasta, melhor. A adição de ingredientes como o cacau pode acrescentar sabor ao produto; mas vale fugir das versões adoçadas com mel, xaropes e açúcares, que aumentam as calorias.

Outro cuidado é deixar para ingerir as pastas apenas nos lanches intermediários, combinando com frutas, iogurte, em smoothies ou torradas. Como são alimentos de alta concentração energética, abusar da quantidade pode contribuir com o ganho de peso.

E a pasta de amendoim?

O amendoim é uma leguminosa com possui nutrientes e benefícios que se assemelham aos das castanhas. A pasta de amendoim é rica em fibras, o que ajuda a aumentar a saciedade; além de ter vitamina E, que tem função antioxidante.

Dá para fazer em casa?

Sim! Basta torrar as castanhas (ou o amendoim, que neste caso deve ser descascado) e processar até que o óleo comece a se soltar. Raspe as laterais do processador e vá batendo até que vire uma pasta.

Fontes: Clarissa Fujiwara, coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Cynthia Antonaccio, nutricionista e mestre em nutrição pela USP (Universidade de São Paulo); Suzana Bonuma, nutricionista esportiva, especialista em fisiologia do exercício pela USP (Universidade de São Paulo).

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi informado, o amendoim também é uma oleaginosa. A informação já foi retirada do texto.