Quer viver muito? Fuja destes 4 vilões da longevidade
Não é segredo para ninguém que fatores como álcool e obesidade são inimigos da saúde. E apesar de a expectativa de vida da população brasileira ter aumentado — de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 76 anos, a média atual, é a maior da história — alcançar este número (ou ir ainda mais longe) pode ser mais difícil com hábitos ruins.
Em entrevista ao VivaBem durante o 14º Fórum da Longevidade Bradesco Seguros, Alexandre Kalache, epidemiologista médico especializado no estudo do envelhecimento e mestre pela University of London, elegeu quatro hábitos que atrapalham a jornada para uma velhice saudável:
Consumir muitos alimentos ultraprocessados
Descascar mais e desembalar menos deve ser a regra quando o assunto é alimentação. "Infelizmente, os industrializados acabam sendo, muitas vezes, a opção mais cômoda para as pessoas", aponta.
O consumo exagerado desses alimentos contribui para o excesso de gordura, que está ligado ao colesterol alto, síndrome metabólica, diabetes, hipertensão, doenças do coração, câncer, entre outros problemas.
O especialista indica as políticas públicas e regras mais duras para a indústria alimentícia como caminhos para mudar a consciência dos brasileiros. "Antigamente, o cigarro era glamourizado e cerca de 40% dos adultos brasileiros fumavam. Por meio de proibições em locais públicos, aumento do preço e outras políticas, o hábito caiu bastante."
Abusar do álcool e do cigarro
O excesso de bebida alcoólica e o tabagismo são grandes inimigos da saúde. Por isso, entram aqui como os vilões "dois" e "três" da longevidade. Apesar de ter diminuído, o hábito de fumar ainda persiste e é um problema que está relacionado a uma série de doenças, como o câncer, infarto e impotência sexual. "E assim como os cigarros eram considerados um fator de status social, o álcool, hoje, com marcas de cerveja patrocinando eventos esportivos, parece algo bacana."
Mas como o epidemiologista indica, a bebida não é inofensiva. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), não existe volume seguro de álcool a ser consumido, porque ele é tóxico para o organismo humano. O hábito pode facilitar o aparecimento de diferentes tipos de câncer, cirrose, alterações cardiovasculares, com risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC) e a diminuição de imunidade.
"Sem contar o fato de que as bebidas alteram o comportamento dos consumidores, podendo causar acidentes e até contribuir para violência doméstica", indica Kalache.
Solidão
"Um dos grandes males da humanidade é a solidão e ela está muito presente na terceira idade", aponta o médico. Para manter a saúde mental e viver —muitos anos — bem, um dos segredos essenciais é ter alguém para fazer companhia, dividir experiências e amar ao longo do tempo. "Nada substitui o toque, um carinho e a ajuda do outro quando estamos precisando", conclui Kalache.
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