"Comia 6 pães e perdi 42 kg pois meu filho de 7 anos reclamava do meu peso"
Com 106 kg, Elane Martins, 45 anos, decidiu mudar a alimentação e emagrecer porque o filho começou a criticá-la devido ao excesso de peso. A seguir, a maranhense conta as estratégias que adotou para chegar aos 64 kg:
"Minha relação com a comida na infância e adolescência foi tranquila. Sempre me alimentei corretamente, pois meus pais sempre incentivaram a família a comer carnes, legumes, verduras e frutas. Raramente consumia lanches, biscoitos, refrigerantes e industrializados. Até porque era artigo de luxo para a nossa mesa. Na nossa casa o cardápio era muito simples, mas também muito saudável.
Comecei a comer de forma errada na fase adulta. Nunca gostei de doces e o que me fez engordar foi o pão, algo que consumia desenfreadamente. Eu até me achava 'a especialista em pães' de tanto que eu consumia. Chegava seis em uma única tarde. Sabia que estava ganhando peso por causa do hábito, mas achava que nunca conseguiria abandoná-lo.
Eu me consultei várias vezes com nutricionistas, mas nunca seguia o plano que elas passavam, pois achava chato ter que comer de três em três horas. Muitas vezes, me perguntava porque tinha que comer em determinado horário sem estar com fome. Então, sempre deixava a dieta de lado.
Em janeiro de 2017, tive que fazer uma cirurgia e a médica me proibiu de fazer atividade física por um período de seis meses. E aí foi o terror! Sem treinar, o meu peso foi lá em cima. Um ano depois, o ponteiro da balança chegou a 106 kg.
Apesar da preocupação com o excesso de peso, que nem nas minhas duas gestações tinha alcançado, não conseguia mudar meus hábitos alimentares. Por incrível que parece, o que me motivou a emagrecer foi o alerta do meu filho, que na época tinha sete anos. A toda hora, ele ficava chamando atenção de como eu estava gorda, sem disposição e sem fôlego. Jogava na cara mesmo e me perguntava quando eu iria emagrecer.
Conheci uma pessoa na escola dele que me falou da dieta low carb. Comecei a conversar com outras pessoas sobre a dieta e a pesquisar na internet para saber o que podia e não podia comer.
Além de não ter a obrigatoriedade de fazer refeições a cada três horas, o que mais me agradou no plano foi não precisar contar calorias. Bastava eu basicamente cortar açúcar, pão, bolo, massas, biscoitos e um monte de industrializados que comia e consumir alimentos naturais e saudáveis: carne, ovo, azeite, castanha, brócolis, berinjela, abobrinha, tomate, morango, abacate, rúcula, alface. Os resultados logo começaram a aparecer e, com o tempo, passei a estudar mais sobre alimentação em geral e a fazer também jejum intermitente.
A minha meta era chegar aos 70 kg, mas já estou com 64 kg e pretendo emagrecer mais 2 kg. Recentemente, fiz todos os exames. Durante anos, convivi com colesterol, glicemia e triglicérides alterados. Hoje, está tudo normal e tenho muito mais saúde.
Com meu emagrecimento, meus treinos passaram a render mais e agora o foco é ganhar massa magra. Tenho uma rotina forte de exercícios físicos. Malho de segunda a sábado, alternando musculação, corrida e outras atividades aeróbicas. Tudo acompanhado por um profissional de educação física que monta meus treinos mês a mês.
Perder peso me fez rejuvenescer, acordar para a vida e querer me exercitar e cuidar sempre mais da saúde"
Eu me apaixonei tanto por essa vida de comer corretamente, de me alimentar saudável que, depois de 25 anos trabalhando como jornalista, voltei à sala de aula para cursar nutrição. Deixei de consumir industrializados, todo tipo de açúcar, refrigerantes, farinhas brancas e tudo que tem alto teor glicêmico. Minha alimentação é baseada em comida de verdade. Falo que é a comida que as minhas avós faziam para os meus pais. Algo que trouxe para minha alimentação e que agora já estou introduzindo para minha família também."
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