Com falta de ar grave, Roberta passou a cozinhar mais em casa e secou 93 kg
Sedentária e com um rotina alimentar baseada em fast-food, Roberta Silva Galdino, 38 anos, chegou a pesar 163 kg e desenvolveu asma grave. A seguir, ela conta como conseguiu mudar hábitos, chegar aos 73 kg e participar de corridas de rua:
"Tudo começou quando eu tinha entre 15 e 16 anos. Nessa época, não aceitava o meu corpo e achava que tinha que emagrecer. Para isso, passei a tomar remédios em vez de mudar meus hábitos alimentares. Então, comecei a viver num constante 'efeito sanfona', em que emagrecia e engordava ainda mais.
Aos 25 anos, quando me casei, pesava 110 kg. A nova vida fez com que eu piorasse bastante a alimentação. No almoço, priorizava tudo o que tinha farinha branca e comia em grandes quantidades. Já no jantar, sempre ia para restaurantes comer pizza ou hambúrguer.
Eram as roupas que indicavam se eu tinha engordado demais. Aí, quando percebia que um vestido estava muito apertado, por exemplo, recorria aos remédios. Cheguei a emagrecer 15 kg em 2 meses, mas, pouco tempo depois, engordei 25 kg.
Em 2015, resolvi entrar em uma academia, mas me dediquei dois meses e parei de treinar. Nunca levava a sério a atividade física, assim como a mudança dos hábitos alimentares.
A consequência do conjunto falta de exercício físico, alimentação errada e o uso exagerado de medicamentos para emagrecer foi, além da obesidade, o desenvolvimento de asma grave. Não conseguia dormir e andar direito. Trabalho em um depósito de móveis, com dois escritórios próximos. Quando ia a pé de um lugar para o outro, precisa parar de caminhar um pouco e descansar, pois tinha muita falta de ar. Usava quatro bombinhas com remédio por mês -receitadas por meu alergista.
Por conta da falta de fôlego, não saía muito de casa para eventos sociais e o jantar acabava sendo sempre fast-food, pedida pelo delivery. Assim cheguei ao meu peso máximo: 163 kg. Em novembro de 2017, resolvi procurar um médico para realizar a cirurgia bariátrica. Com todos os exames prontos, agendei a operação para fevereiro do ano seguinte. Mas, na hora, desisti. Não tive coragem! Ao mesmo tempo, eu me enchi de coragem para emagrecer e ter uma vida saudável a partir de mudanças de hábitos.
Foi aí que uma amiga indicou um método de emagrecimento chamado Magrass. Em março de 2018, passei por acompanhamento nutricional e estético e saí de lá com várias metas a serem seguidas. A principal delas, claro, era mudar totalmente a minha alimentação.
Estava bastante determinada e a primeira tática para evitar deslizes foi parar de frequentar os restaurantes à noite ou pedir fast-food. Saía do trabalho e ia direto para casa. Lá, preparava meu jantar, que geralmente era alguma proteína (ovo, frango, carne vermelha, peixe) com bastante salada. Já na hora do almoço, troquei a massa branca pela integral em baixas quantidades e passei a investir nos grelhados. Claro que alguns deslizes aconteceram, mas, aos poucos e com determinação, eu consegui entender que o melhor para mim -e para minha saúde - seria essa total mudança na alimentação.
Também procurei ajuda de um personal trainer e voltei a fazer academia. No começo, o treino priorizava muito a questão da falta de ar, com exercícios bem moderados. Corrida, nessa época, nem pensar! Aos poucos, conforme a minha resistência foi melhorando, professor pôde deixar o treinamento mais pesado.
Atualmente, minha rotina alimentar é totalmente saudável. Claro que, de vez em quando, como pizza ou hambúrguer, mas com consciência. O resultado desse cardápio junto com a atividade física foi o fim da falta de ar. Nunca mais precisei usar bombinha! Inclusive, participo de diversas corridas de rua e de montanha no Rio de Janeiro.
Até agora, consegui emagrecer 90 kg e estou com 73 kg, muito mais saudável e podendo fazer o que quiser. O que me deixa mais feliz é a liberdade de poder ir para lá e para cá sem precisar parar para recuperar o fôlego."
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