Ela perdeu 26 kg e se livrou de dores e de tomar remédio para pressão alta
Pesando 100 kg, Cleonice Matte, 36 anos, começou a sentir muito cansaço e ter dor de cabeça. Ao procurar um médico, descobriu que estava com pressão alta. Antes de receitar remédios para tratar a doença, o especialista orientou que a gerente comercial emagrecesse, para ver como seu organismo reagiria. Ela, então, mudou a alimentação, deixou de ser obesa e se "curou" da hipertensão. A seguir, conta como conseguiu:
"Sempre estive acima do peso, desde bebê. Na infância, não cheguei a ser obesa, mas era bem 'cheinha', gorducha. E assim também foi na adolescência e na vida adulta. Nunca me vi magra, e acho que é de família. Eu, meu pai, meus avós... Todos temos os ossos largos, grandes.
Além do biotipo, sou de origem alemã e nasci no Rio Grande do Sul. Então, em casa era churrasco toda semana, com carnes gordas, cafés da manhã superfartos, bastante comida, embutidos aos montes. Com o passar do tempo os ponteiros da balança foram só subindo, ganhei um quilo aqui, outro ali.
Apesar de nunca ter me sentido mal com meu corpo, não ter problemas de autoestima, fiz várias dietas. Cheguei, inclusive, a tomar remédio para perder peso, mas o resultado não foi duradouro. Acho que meu maior problema era comer em proporções e horários errados.
Assim, cheguei aos 100 kg, mas confesso que não percebi logo de cara. Só me dei conta que estava obesa quando as roupas passaram a não servir. Durante muito tempo, não tive nenhum problema de saúde por causa do peso, mas, quando a balança marcou três dígitos, comecei a sentir muito cansaço. Tinha dificuldade para subir escadas, por exemplo, e passei a ter bastante azia e dor de cabeça e nas costas. Eu dormia e acordava com dor.
Um dia, passei por uma dessas campanhas de rua, onde medem a pressão sanguínea, e a minha deu muito alterada. Resolvi procurar um cardiologista. Ele me pediu um monte de exames e ainda tive de usar um aparelho para monitorar a pressão durante 24 horas. O diagnóstico foi de que ela estava realmente alta, com picos à noite.
O médico me disse que eu poderia ter um infarto e aí me propôs uma mudança na alimentação antes de entrar com os remédios contínuos para controlar a hipertensão. Eu precisava emagrecer com urgência, ou teria de tomar medicamentos para o resto da vida.
Nessa época, conheci o tratamento 5S Estilo de Vida Saudável. Passei por uma consulta e sai de lá com meus objetivos determinados, entre eles cortar sal, açúcar e embutidos e diminuir o consumo de carne. Também segui a recomendação de praticar atividade física.
Não tinha tempo de ir para a academia, mas consegui introduzir caminhadas na minha rotina algumas vezes por semana. Fazia de 40 minutos a uma hora. Para mim isso foi ótimo, porque prefiro estar ao livre. Foi uma motivação a mais.
Iniciei o método em outubro de 2018 e ele durou mais ou menos cinco meses. Eu me dediquei de verdade, digo que foi uma virada de página na minha vida. Consegui atingir todas as metas, perdi peso e medidas no corpo todo de forma rápida e eficaz. E o mais gratificante foi que no segundo mês eu já não tinha mais dor de cabeça e azia e minha pressão estava totalmente sob controle. Podia medir a qualquer hora que estava normal. Minha disposição também voltou, passei a dormir melhor, não acordava mais cansada, desanimada. Fiquei muito mais leve e saudável, não precisei de remédio em nenhum momento.
O meio do meu tratamento casou com as festas de fim de ano, época em que a gente come mais, tem as confraternizações e os encontros com amigos e parentes, mas nem isso me atrapalhou. Eu me comprometi comigo mesma durante este processo e mantive o foco.
Passei o Natal e o Réveillon com a família, e é sempre uma fartura, mas antes de ir avisei: 'Eu mesma vou cuidar da minha comida, não adianta tentar me convencer do contrário'. Todo mundo entendeu e, inclusive, me ajudou e incentivou a não comer besteiras.
Uma das coisas que fiz durante os meses de tratamento foi diminuir as saídas para comer, algo que eu, meu marido e meu filho fazíamos umas três vezes por semana. Quando íamos para algum restaurante, procurávamos um com opções mais saudáveis.
Não deixei de ir a festas ou na casa de amigos, mas levava marmita. Fazia o mesmo no trabalho. No total, emagreci 26 kg e isso nem foi o mais importante. O principal foi que ganhei saúde, não precisei tomar remédio e aprendi a me alimentar bem. Eu estava acostumada com a vida que tinha, com o excesso de peso, e tive essa oportunidade de mudar. Foi a melhor coisa que aconteceu.
Claro que não foi fácil dizer não para o churrasco, para a lasanha e para os doces de um dia para outro. Mas, aos poucos, a gente vai se acostumando e, a cada nova conquista, a cada meta atingida, ganha ânimo para continuar. O apoio do meu filho e do meu marido também foram fundamentais. Eles não faziam questão de ir a restaurantes que não tinham opções para mim e comiam em casa o mesmo que eu, para me incentivar. Isso tornou tudo muito mais fácil.
Também foi bacana porque inspirei outras pessoas. Comecei a postar os resultados do meu processo nas redes sociais e amigos e parentes passaram a me pedir dicas, receitas, conselhos. É muito gratificante saber que o tratamento impactou não apenas a minha vida, mas a de várias pessoas próximas."
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