"Com 90 kg após ser mãe, comecei a treinar, desisti de lipo e perdi 35 kg"
Juliana Ponchio, 28, atingiu "seu limite" na balança na gestação. Depois do nascimento da filha, a empresária começou a treinar na hora do almoço, a fazer dieta e perdeu 10 kg. Porém, complicações após uma cirurgia quase colocaram a perder seu processo de emagrecimento. A seguir, Juliana conta como deu a volta por cima e chegou a 55 kg
"Morei com meus avós até os 10 anos, isso influenciou bastante na minha alimentação. Como meu avô materno tem descendência italiana, com cinco filhas mulheres que cozinham muito bem, sempre teve muita comida em casa. Em todos os finais de semana, até hoje, nossa família se reúne para almoçar e fazer festas, ou seja, fartura é o que não falta.
Com um cardápio repleto de massas, desde criança estive acima do peso. Até os 20, lidava bem com a estrutura grande do meu corpo. Mas, a partir dessa idade, isso passou a me incomodar, especialmente, na época da faculdade.
Minha primeira tentativa de emagrecer foi justamente aos 20 anos. Comecei a fazer natação e a seguir uma dieta com orientação de uma nutricionista. Fui de 70 kg para 60 kg e mantive esse peso por um ano. Mas, durante um cruzeiro, engordei tudo novamente.
Meu problema sempre foi comer loucamente. Não me contentava apenas com um pedaço ou com um único prato em uma refeição. No café da manhã, por exemplo, comia três pães. No almoço, repetia três vezes a comida. No jantar, eu raramente optava por comida de verdade: meu cardápio era uma pizza inteira, lanche ou pastel.
Durante muitos anos, fiz de tudo para tentar emagrecer, incluindo algumas dietas malucas, que sugeriam comer só um tipo de alimento todos os dias. Eu até eliminava alguns quilos, mas passava mal, tinha dores de cabeça, tontura e enjoos. Fazia uma ou outra atividade física, mas não era frequente. Começava e desistia na metade do caminho.
Na gestação, engordei 30 kg e bati 90 kg na balança. Como tive muito enjoo e vomitava bastante, sentia bastante fome e queria comer todo o tipo de besteira que via pela frente, tomava refrigerante diariamente.
Teve uma vez que fui comprar um sapato no shopping e uma moça perguntou se eu estava grávida de gêmeos. Fiquei chocada com a pergunta dela e, super sem graça, respondi que não.
Era tão desesperada por comida que, após dez horas de trabalho de parto, a primeira coisa que perguntei ao meu marido quando a Helena nasceu era se eu podia comer um lanche do McDonald's.
Depois de ter filha, continuei com hábitos ruins. Vivia frustrada porque nenhuma roupa me servia e sentia vergonha de colocar biquíni até para entrar na piscina da minha própria casa. Às vezes, colocava biquíni só para tirar as fotos e não acreditava o quão enorme eu estava.
Participei de alguns desafios de emagrecimento pela internet, tomei shake, mas nunca conseguia o resultado que desejava e voltava a engordar.
Ao seguir duas mulheres "reais" que tinham emagrecido e postado o processo no Instagram, decidi tentar mais uma vez. Em abril de 2019, contratei um personal trainer e comecei a fazer musculação todos os dias no meu horário de almoço. Passei no quinto nutricionista e segui rigorosamente a dieta que ele montou.
Basicamente, meu cardápio consistia em comer alimentos naturais: batata-doce, frango, carne, ovo, verduras e legumes. No final de semana, tinha direito a uma refeição livre, em que podia comer o que quisesse, mas com moderação. No início não foi fácil e sentia muita fome. Mas logo meu corpo começou a mudar com o treino e a dieta. A barriga ficou menor, as pernas ficaram mais durinhas, isso deu ânimo para continuar. Em nove meses, perdi 10 kg.
Nesse processo, decidi que iria colocar próteses de silicone, porque não estava satisfeita com meus seios, que tinham diferença de tamanho e eram caídos por causa da amamentação. Cheguei a combinar com meu cirurgião plástico que também ia fazer abdominoplastia, lipoaspiração nos braços e nas costas, mas meu personal me convenceu de que eu não precisava e ia gastar dinheiro à toa. Segundo ele, eu conseguiria os mesmos resultados da lipo com foco na dieta e no treino. Desisti da lipo e fiz só a mamoplastia com implante de silicone.
Tive uma infecção hospitalar na cirurgia, que só foi descoberta depois de um mês. Ao longo de dois meses tive complicações nas duas próteses e precisei retirá-las, eu não aguentava de dor. Fiquei mal psicologicamente com o que tinha acontecido, abalada, perdi a vontade de fazer tudo e voltei a comer e a engordar. Atingi: 80,5 kg.
Antes de voltar ao treino e a dieta, fui cuidar da mente. Iniciei um tratamento com a psicóloga para lidar com as crises de ansiedade, nervosismo e insônia.
Quatro meses depois da cirurgia e de ficar bem da cabeça, retomei a segunda fase do meu processo de emagrecimento, em que perdi 27 kg. Com o fechamento das academias por causa da pandemia, comecei a fazer consultoria online de exercício funcional, o personal me mandava os treinos e eu fazia em casa. Também contratei consultoria online de corrida e passei a correr de quatro a cinco vezes por semana na rua. Além disso, voltei a fazer balé duas vezes por semana —que eu já tinha feito quando jovem e achei que fosse impossível com quase 30 anos.
Na alimentação, não procurei mais nenhum nutricionista, pois já tinha um cardápio que funcionou antes para mim. Não sigo dieta específica, apenas cortei tudo o que sabia que não ser saudável: açúcar, bebida alcoólica, fritura, doces e massas. Também diminuí a quantidade do que eu como.
Em meio à desconfiança e julgamento de várias pessoas, que me acusaram de estar tomando remédio e estar muito magra, conquistei o meu objetivo inicial de chegar a 55 kg. Considerando o peso máximo que atingi após a gravidez (90 kg), eliminei ao todo, entre idas e vindas, 35 kg.
Ninguém sabe o esforço, o suor, as dores e a capacidade para persistir e chegar onde cheguei depois de tudo o que passei. Continuo com minhas imperfeições —longe de mim querer ser perfeita—, mas estou muito feliz e orgulhosa de ter superado as dificuldades e realizado o meu sonho.
Gostei tanto do estilo de vida saudável que comecei a estudar nutrição, para poder ajudar outras pessoas a se alimentarem melhor. Também compartilho algumas dicas de como ter motivação para mudar em meu Instagram (@julianaponchio)."
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