Congelar pelúcia e mais 7 dicas fáceis para você combater a rinite alérgica
Coriza, congestão nasal, dores de cabeça, espirros... muitos espirros. Esses são alguns dos sintomas mais conhecidos de quem tem rinite alérgica e sofre, sobretudo, em períodos de mudança de temperaturas ou de ar seco.
A rinite alérgica acomete de 10% a 25% da população mundial, segundo a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), e nada mais é que a inflamação da mucosa do nariz diante da exposição a determinados componentes. Neste caso, ácaros, animais domésticos, pó, tabaco, cheiros fortes como tintas ou perfumes são alguns dos vilões.
Se em relação ao clima não há muito o que fazer, outras medidas podem ser tomadas para evitar as crises. Veja abaixo dicas fáceis de adotar:
1. Congele os bichos de pelúcia
Em vez de lavar, coloque os bichinhos em um saco plástico e leve para o congelador por cerca de 4 horas. Depois, retire e bata o saco com a pelúcia ainda dentro para soltar o acúmulo de ácaros. O ideal é repetir esse ritual a cada 15 ou 30 dias.
Lavar as pelúcias pode gerar um efeito contrário, porque os bichinhos ficam úmidos e isso favorece a multiplicação dos ácaros, explica João Mello Jr., professor do departamento de oftalmologia e otorrinolaringologia da USP (Universidade de São Paulo).
2. Lave a roupa de cama com frequência
O ideal é lavar as roupas de cama pelo menos uma vez por semana, usando água a 55ºC. Para secar, prefira o sol. Mas usar o ferro também pode ajudar a eliminar microrganismos.
3. Limpe a casa com pano úmido
Em vez de varrer, passe pano úmido nos móveis e no chão, assim você realmente tira o pó acumulado nas superfícies.
4. Abra as portas dos armários e as gavetas
Isso ajuda a tirar a umidade desses locais, que são grandes berçários de ácaros. Fique de olho também em roupas guardadas há muito tempo —elas costumam ter um cheiro característico de fungos. Coloque de tempos em tempos em local arejado.
5. Tire livros, cortinas e tapetes do quarto
No quarto, além de observar os bichinhos de pelúcia, vale tirar livros, cortinas e tapetes do ambiente. Além de serem grandes acumuladores de pó e ácaros, esses objetos são difíceis de limpar e acabam ficando muitas semanas sem higienização.
6. Abra as janelas todos os dias
Uma das formas mais eficientes de evitar crise é deixar os ambientes limpos e bem arejados. O ar fresco e a luz solar ajudam a controlar a umidade. Faça isso por ao menos 30 minutos por dia.
7. Encape colchão e travesseiro
A dica aqui é investir em capas impermeáveis, tanto para o colchão quanto para os travesseiros ou almofadas que você mantém na cama. Elas funcionam como uma barreira para evitar que os ácaros se acumulem dentro do enchimento, já que estes também são itens que recebem pouca limpeza ao longo da vida.
8. Fique de olho em sinais de mofo
Para quem tem rinite alérgica, o pólen das plantas e os fungos são grandes inimigos. Eles irritam a mucosa nasal de pessoas mais sensíveis e desencadeiam crises. O mofo surge quando os ambientes estão muito úmidos, então observe qualquer sinal de proliferação na sua casa.
"As colônias do fungo Aspergillus fumigatus dão aquele aspecto escuro, acinzentado ou esverdeado às paredes e aos objetos. Elas soltam esporos, que ficam em suspensão no ar e acabam inalados pelas pessoas. Só o cheiro, muitas vezes, é suficiente para provocar um episódio alérgico", explica Ricardo Amorim Correa, pneumologista e professor associado da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Esses microrganismos, uma vez dentro do corpo, são capazes de causar uma série de reações (tosse, mal-estar, espirros, entupimento nasal, cansaço, coriza e dificuldade para respirar são algumas delas) e doenças, como alergias, micose broncopulmonar alérgica e infecções.
Para evitá-los, é preciso arejar a casa e resolver vazamentos e pontos de umidade. Uma solução antimofo pode ser aplicada nas superfícies.
Fontes: João Mello Jr., professor do departamento de oftalmologia e otorrinolaringologia da USP (Universidade de São Paulo); Ricardo Amorim Correa, pneumologista e professor associado da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).
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