Anitta conta que tem endometriose; entenda tudo sobre a doença
A cantora Anitta revelou pelas redes sociais que sofre de endometriose e terá que passar por uma cirurgia para amenizar os efeitos da doença em seu corpo. Fortes cólicas menstruais, dor pélvica, incômodo na relação sexual, alterações intestinais, dor na região lombar e dificuldade para engravidar são alguns dos principais sintomas da doença.
A doença é comum, mas não é preciso entrar em desespero, basta buscar acompanhamento médico e tratamento. A endometriose é uma inflamação no tecido que reveste o útero, podendo causar dores nas relações sexuais, durante o período menstrual, além de sangramento para urinar. Essas dores variam de corpo para corpo, podendo se manifestar de diversas formas.
Anitta disse que sofre do problema há quase 9 anos e que acreditava sofrer de um quadro de cistite recorrente, uma infecção que acomete a uretra provocada por uma bactéria. No entanto, ela conta que os exames não indicavam a presença de microrganismos na região, o que levou sua médica a optar por uma ressonância, que detectou a endometriose no último mês.
A cantora só descobriu a doença após acompanhar seu pai em uma internação e conversar com uma médica sobre as dores que sentia nos últimos anos. "A endometriose é muito comum entre as mulheres. Tem vários efeitos colaterais, em cada corpo de um jeito. Podem se estender até a bexiga e causar dores terríveis ao urinar. Existem vários tratamentos. O meu terá que ser cirurgia", revelou.
Por que algumas mulheres desenvolvem a doença e outras não?
Existe um fator imunológico e outro genético, mas até hoje não foi descoberto quais são eles exatamente. Assim, o problema se apresenta de formas diferentes em cada mulher, podendo ser mais ou menos agressivo. A endometriose é vista como a doença da mulher moderna, que adquiriu várias funções e aumentou muito sua taxa de estresse —diretamente envolvido com a imunidade.
Quais os sintomas?
A endometriose é caracterizada por dor pélvica crônica, em um período maior que seis meses, e cólica menstrual mais intensa que o normal. Além disso podem ocorrer incômodos fortes ao evacuar e ao ter relações sexuais, inchaço abdominal e dificuldade para engravidar.
Como os sintomas geralmente se manifestam na pelve, é difícil dizer onde dói especificamente. Em alguns casos, a doença pode até ser assintomática, e a mulher a descobre em exames de rotina.
Como é feito o diagnóstico?
O médico percebe com ajuda de sintomas gerais, histórico familiar (principalmente mãe ou irmã), exames laboratoriais (marcador tumoral) e principalmente ressonância ou ultrassom. Entretanto, os exames radiológicos apenas sugerem a existência da doença, não confirmam o caso. O diagnóstico definitivo é a videolaparoscopia (pequena cirurgia que ajuda o médico a enxergar os locais afetados).
Como ocorre o tratamento?
Em casos simples, em que há uma pequena lesão e pouca alteração, são indicados medicamentos que melhoram a qualidade de vida da mulher, como anti-inflamatório, analgésico e anticoncepcionais hormonais, que interrompem o ciclo menstrual de forma contínua.
Nos casos moderados ou graves, a indicação é cirúrgica para retirar os focos de endometriose. No entanto, para conseguir que a remoção seja bem-sucedida, os médicos precisam ter um bom diagnóstico do problema. A partir das queixas típicas da doença, cabe ao especialista solicitar exames mais sofisticados do que aqueles de rotina, como papanicolau.
A doença tem cura?
Ainda que não exista um consenso de que há cura para a doença, médicos afirmam que a endometriose só retorna após a cirurgia quando não foi possível retirar todos os focos. O que não quer dizer que o profissional foi incapaz. Muitas vezes o tratamento é feito em duas etapas: a primeira cirurgia para tirar os focos e uma segunda para ver se restou algo.
De qualquer forma, é bom ressaltar que a endometriose pode não ter cura definitiva, mas tem controle, não deve ser vista como algo muito grave. É uma doença benigna com comportamento maligno e pode ser facilmente controlada.
*Com informações de reportagem publicada em 08/05/2018.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.