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Anticoncepcional para homens é previsto para 2023; saiba como funciona

Injeção anticoncepcional que deve ser disponibilizada em 2023 será revertida com mais facilidade do que vasectomia, diz estudo - mirkosajkov/Creative Commons
Injeção anticoncepcional que deve ser disponibilizada em 2023 será revertida com mais facilidade do que vasectomia, diz estudo Imagem: mirkosajkov/Creative Commons

Do UOL, em São Paulo

21/09/2022 11h59Atualizada em 23/09/2022 14h41

A primeira injeção anticoncepcional masculina, que também tem como intuito bloquear a transmissão de HIV, deve ser disponibilizada ao mundo nos próximos 12 meses. A previsão foi feita por uma equipe de pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia, responsáveis pelo desenvolvimento da substância.

Batizada de "Risug" (sigla em inglês para Inibição Reversível do Esperma Sob Controle), a injeção está em fase final de testes, com efeitos que duram até 10 anos sem qualquer manipulação hormonal.

A injeção consiste em um gel aplicado na região dos ductos deferentes, região do sistema reprodutor masculino responsável por levar os espermatozoides até o líquido seminal antes da ejaculação.

A substância tem como função "quebrar" a cauda dos espermatozoides, tornando-os incapazes de fertilizar os óvulos.

Segundo os responsáveis pela criação, o método pode ser revertido com mais facilidade do que a vasectomia, já que é necessária apenas a aplicação de uma mistura de bicarbonato de sódio com água para anular o efeito do gel.

"A previsão científica é de que uma pílula anticoncepcional masculina leve entre 30 e 50 anos para se tornar disponível. O Risug, porém, é o contraceptivo masculino mais próximo de chegar ao mercado", afirmou a médica Amanda Wilson, especialista em saúde pública pela Universidade de Montfort, em entrevista publicada pelo The Telegraph.

Wilson lidera uma pesquisa que tenta projetar a adesão dos homens à injeção quando ela for disponibilizada ao público. Ela conta que a inovação pode ajudar mulheres com problemas hormonais e não podem tomar a pílula, mas afirma que, diante de pesquisas preliminares, os homens se mostram relutantes a aderir ao produto, preferindo fazer vasectomias.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que afirmava a primeira versão deste texto, o produto citado pela matéria não pode ser considerado uma vacina, já que não provoca a formação de anticorpos. A informação foi corrigida.