Éder Jofre morre de sepse, que é a reação do corpo a uma infecção; entenda
O ex-pugilista brasileiro Éder Jofre morreu hoje (2), aos 86 anos. A informação foi compartilhada no perfil do ex-atleta no Instagram. O genro dele, Antônio Oliveira, informou ao UOL Esporte que a causa da morte foi uma sepse urinária e uma insuficiência renal aguda. Ele estava internado desde março deste ano em uma clínica em São Paulo devido a uma pneumonia.
A sepse é uma doença que resulta de uma reação exagerada do corpo a algum tipo de infecção causada por vírus, bactéria ou fungo.
Toda vez que ocorre uma infecção —que pode ser uma simples gripe— o sistema de defesa de seu corpo entra em ação para combater a doença, provocando uma inflamação local. Você, então, pode ter uma febre, sentir-se cansado. Em alguns dias, porém, se sente melhor e volta à vida normal.
Entretanto, pode acontecer de essa resposta ser desregulada e, de alguma forma, ela passa a prejudicar o seu organismo. Isso é a sepse: uma resposta sistêmica à infecção.
Do ponto de vista clínico, a doença é reconhecida quando se verifica uma disfunção orgânica, ou seja, existe uma infecção urinária e ela já afetou outro órgão como o rim, pulmão, cérebro, fígado.
As infecções mais comuns que podem levar à sepse são:
- Pneumonia (35%), caso do ex-pugilista;
- Infecção do trato urinário (bexiga, rins) (25%);
- Infecção intestinal (11%);
- Infecção de pele (11%).
Qualquer pessoa pode ter sepse, mesmo as mais saudáveis. Porém, ela é mais comum em crianças muito pequenas (recém-nascidos prematuros); idosos; pessoas com doenças crônicas descompensadas (como o diabetes); e pacientes imunodeprimidos (pessoas com câncer, Aids, insuficiência cardíaca ou renal).
A sepse sempre aparece em decorrência de uma infecção de base, isso significa que já existe uma doença em curso causada por vírus ou bactéria, com seus sintomas característicos que logo podem ser notados porque não passam ou parecem agravar-se.
Mas há outros sintomas que servem de alerta vermelho para a sepse e requerem atenção imediata, esclarece Viviane Maria de Carvalho Hessel, coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Marcelino Champagnat (PR). Confira:
- Alteração da consciência;
- Aceleração da respiração (mais de 22 incursões respiratórias por minuto);
- Pressão baixa.
"A pedra fundamental para tratar a sepse é o profissional de saúde ser capaz de identificar precocemente a doença", afirma Luciano Azevedo, presidente do Ilas (Instituto Latino Americano de Sepse). Quando isso acontece, o tratamento é relativamente simples: indica-se o uso de antibiótico já dentro da primeira hora da definição do diagnóstico, além de soro para hidratação e normalização da pressão.
*Com informações de reportagem de 27/8/2019.
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