Fique atento! 10 sinais que o corpo dá quando sua imunidade está baixa
O sistema imunológico é um conjunto de órgãos, tecidos e células que atuam no combate a agentes infecciosos como vírus, bactérias e fungos, evitando doenças.
Do mesmo jeito que ele cria mecanismos de defesa, os agentes infecciosos criam de ataque. Ora o sistema imunológico vence, ora vencem vírus e bactérias. E é aí que temos um problema de saúde.
Ficar doente uma vez não quer dizer que o sistema imunológico falhou completamente ou está ruim. Ele apenas não foi capaz de conter o vírus em primeiro momento, mas depois combate o problema —por isso ninguém fica gripado para sempre.
Quando a pessoa fica doente com muita frequência, o sistema imunológico pode não estar funcionando bem. E o corpo dá algum "avisos" de que isso está ocorrendo.
Estes sinais podem indicar que sua imunidade está baixa:
- Você vive estressado
- Você tem herpes e outras infecções recorrentes
- Muitas aftas estão surgindo na sua boca
- A gripe dura muito mais tempo do que o normal (cerca de 5 a 7 dias)
- Seu cabelo está caindo muito (o normal é perder cerca de 100 fios por dia)
- Você tem candidíase de repetição
- Ter muitas febres e calafrios
- Sofrer com náuseas e vômitos
- Ter diarreia por mais de duas semanas
- Aparecerem manchas vermelhas ou brancas na pele
A seguir, explicamos melhor a relação desses 10 fatores com o sistema imune.
- Estresse
Uma das causas que podem indicar o sistema imunológico baixo é o estresse.
Jornadas extenuantes de trabalho, poucas horas de descanso e lazer e alimentação inadequada. É importante ter regulado nosso sistema tireoidiano, hormonal, de alimentos, para que todo o sistema de imunidade funcione. Se o estresse está alto, é sinal de que a imunidade deve estar baixa.
- Infecções recorrentes
Um dos principais fatores de que a imunidade está baixa é o surgimento de infecções recorrentes, como a herpes, especialmente em pessoas com menos de 50 anos.
Quando a pessoa tem um quadro de zóster abaixo dos 50 anos, é muito indicativo de ter tido uma baixa de imunidade. É praticamente obrigatório dar uma olhada como está a imunidade da pessoa.
Apesar de não haver um exame específico que aponte a baixa imunidade, é possível, por meio de exames complementares, descobrir o que está acontecendo. Um hemograma já ajuda a ver como está a quantidade das células brancas; uma dosagem de anticorpos; uma avaliação nutricional para ver a questão de micronutrientes e vitaminas.
- Doenças que demoram para passar
Doenças simples, mas que demoram a passar ou que agravam facilmente, como a gripe, também podem indicar que a imunidade está baixa.
Gripes e resfriados são doenças autolimitadas, ou seja, com poucos dias de evolução e recuperação rápida. O normal é se recuperar completamente dos sintomas em cinco a sete dias. O que foge disso levanta suspeita de imunidade baixa.
- Monilíase oral ou candidíase de repetição
A monilíase oral e a candidíase vaginal também têm relação com imunidade baixa.
O fungo Candida habita normalmente da boca ao ânus em todos nós. O desequilíbrio da flora e fatores imunológicos fazem com que este fungo se prolifere, ou seja, aumente em quantidade e cause uma infecção.
- Febre frequente e calafrios
Qualquer infecção pode dar febre, e febres altas podem causar calafrios. Se recorrentes, também podem indicar uma baixa imunidade. Infecções recorrentes ou graves podem sugerir um defeito do sistema imune.
- Aftas recorrentes
As aftas são úlceras com várias etiologias, desde infecção por herpes simples, imunidade baixa, trauma por aparelhos dentais, mordida errada e alergias a alimentos. Então algumas pessoas que têm aftas ulcerativas recorrentes podem ter sim baixa imunidade, porém tem de ser descartados outros fatores.
- Náuseas e vômitos
Em alguns casos, náuseas e vômitos também podem indicar que a imunidade está baixa, mas é preciso um diagnóstico mais completo, avaliando alterações endocrinológicas, hormonais da tireoide e do sistema reprodutivo, para então descartar outros problemas mais graves.
- Diarreia por mais de duas semanas
Diarreia persistente ou crônica, segundo Goudouris, pode ser sinal de infecção. E, novamente, indicam, possivelmente, um sinal de que o sistema imune está baixo.
- Manchas vermelhas ou brancas na pele
Infecções de pele também podem indicar que a imunidade está baixa. As foliculites, ou seja, as infecções da pele, podem, de fato, indicar que a sua imunidade está baixa. Por exemplo, se pessoa que tem a pele íntegra, não tem infecção e, subitamente, começa a ter infecção cutânea, pode ser um indicativo que a imunidade está baixa.
A presença de micose nas unhas também pode ser um indicativo.
- Queda acentuada de cabelo
Até a queda excessiva de cabelo pode indicar que a imunidade está baixa. Nesse caso, a alimentação adequada pode ajudar a diminuir o problema, mas uma avaliação médica é necessária.
O que fazer para melhorar a imunidade
- Praticar atividade física regularmente;
- Melhorar hábitos alimentares;
- Ter um sono de qualidade;
- Evitar estresse;
- Controlar ansiedade;
- Ter um bom convívio social;
- Usar preservativo;
- Não consumir bebida alcoólica em excesso;
- No caso de pessoas diagnosticadas com diabetes e lúpus, por exemplo, fazer controle rigoroso da doença.
Como já explicado, ter uma boa imunidade não indica que a pessoa está livre de ficar doente. Todo mundo corre esse risco em algum momento da vida.
Mas lembre-se, nem o melhor sistema imunológico do mundo consegue manter alguém livre de ter um quadro infeccioso, porque, para isso, basta ter contato com o agente agressor.
A queda da atividade do sistema imunológico pode acontecer por diversas situações, inclusive estresse e ansiedade. Doenças crônicas, como Aids, lúpus, câncer e diabetes também podem diminuir a atividade do sistema imune e favorecer o aparecimento de outras doenças.
Fontes: Alexandre Cunha, médico infectologista; Ekaterini Simões Goudouris, médica, especialista em pediatria e em alergia e imunologia clínica; Kleber Luz, médico infectologista; Lina Paola Rodrigues, médica infectologista; Mônica Nunes, médica infectologista; Paulo Camiz, clínico geral e geriatra.
*Com informações de matéria publicada em dezembro de 2022.
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