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Doar sangue, tattoo e salto: 11 práticas proibidas para uma mulher grávida

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Adriano Ferreira

Colaboração para VivaBem

10/01/2023 04h00

A gravidez é um período que exige diversos cuidados. Para não arriscar a vida do bebê ou gerar prejuízos à gestação, é importantíssimo saber o que realmente deve ser proibido. Existem diversas práticas que a futura mamãe deve passar longe. Confira abaixo 11 práticas proibidas em uma gravidez:

1. Doar sangue

Corintio Mariani Neto, médico obstetra e ginecologista, mestre pela FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e diretor técnico do Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros (SP), explica que, durante a gravidez, o organismo materno necessita das reservas de vitaminas e minerais para um bom desenvolvimento do feto e que são utilizadas em caso de doação de sangue. Depois de três meses do final da gestação, seja abortamento, parto normal ou cesárea, a gestante já está recuperada e pode doar sangue.

2. Se tatuar

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A tatuagem é um procedimento contraindicado durante a gestação, pois pode trazer muitos riscos tanto para o desenvolvimento da criança quanto para a saúde da gestante. Nesse período, há maior chance de infecção, pois o sistema imunológico da grávida fica mais fragilizado.

Assim, é possível adquirir e transmitir para o bebê vírus como os que causam hepatite B e C, além do HIV. Recomenda-se que a mulher espere pelo menos 40 dias após o parto para se tatuar.

3. Usar qualquer produto de beleza e de limpeza

Durante a gestação, devem ser evitados produtos que contenham formol ou amônia, como tinturas para cabelo ou produtos para alisamento. Alguns desses itens também podem conter metais pesados, como chumbo e arsênio, que são tóxicos na gravidez, mesmo em quantidades muito pequenas.

Estudos recentes sugerem que o uso de alguns desinfetantes por mulheres grávidas pode ser um fator de risco para asma e eczema na pele, que causa vários tipos de lesões. Porém essas conclusões ainda precisam de mais estudos para serem confirmadas.

4. Frequentar saunas

O vapor quente pode estimular alterações nos cromossomos do feto. Outra razão para evitar sauna é que a grávida tem mais chance de ficar com a pressão baixa, podendo apresentar mal-estar e desmaios com maior frequência que a mulher não grávida. O mesmo cuidado vale para ofurôs, banheiras e piscinas aquecidas com temperatura acima de 30ºC.

5. Usar roupas justas

Flavio da Costa Leite, professor de obstetrícia na FEMPAR (Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná) e preceptor da residência médica no HUEM (Hospital Universitário Evangélico Mackenzie), defende que quanto mais confortável a roupa for melhor, pois a gravidez promove mudanças corporais, com um aumento circulatório em torno de 60% e retenção de líquido.

Dessa maneira, uma roupa justa pode prejudicar a circulação, interferir na locomoção, promover o aparecimento de assaduras e reações alérgicas, além de promover o "abafamento" da área genital, favorecendo o aparecimento de corrimentos.

6. Comer alimento cru ou malcozido

Leite ou derivados crus, não pasteurizados, carnes cruas, malcozidas ou malpassadas, incluindo os embutidos, podem favorecer a contaminação por zoonoses (toxoplasmose), infecções bacterianas (brucelose, listeriose) e cisticercose.

7. Usar salto alto

Salto alto - Reprodução/Unsplash - Reprodução/Unsplash
Imagem: Reprodução/Unsplash

A modificação postural e os danos articulares provocados por um salto alto favorecem uma fragilidade no equilíbrio e na resistência articular na gravidez. O uso de salto pode favorecer acidentes devido a quedas ou entorses.

8. Fumar e beber

Grávida bebendo, álcool na gravidez - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Essas práticas trazem efeitos nocivos ao feto. O tabagismo causa uma diminuição da oxigenação, nutrição fetal e diminuição do crescimento do bebê. Enquanto o álcool está relacionado a alterações estruturais fetais irreversíveis.

9. Exercícios sem orientação médica

Liduina Rocha, membro da Febrasgo, coordenadora do programa Nascer no Ceará e mestre em saúde da mulher pela UFC (Universidade Federal do Ceará), esclarece que o exercício físico é uma atividade que deve ser orientada e encorajada por um profissional de educação física.

Mulheres que já fazem atividade física não precisam parar e as que se sentem confortáveis em começar no primeiro trimestre da gestação podem iniciar. Existem evidências que exercícios físicos estão associados a menores riscos de parto prematuro, diabetes gestacional, maior possibilidade de parto normal e geração de bebês com um peso adequado.

10. Carregar peso

O esforço físico de levantar pesos entre 2 kg e 15 kg, uma ou duas vezes por dia, causa prejuízo na evolução gestacional e gera abortamentos, parto pré-termo (que acontece antes da 37ª semana de gestação), baixo peso do bebê ao nascer e até desenvolvimento de hipertensão na grávida.

11. Tomar café em excesso

A cafeína, presente em várias bebidas à base de cola, chá, chocolate, e, obviamente, o cafezinho, se consumida de forma abusiva, está relacionada com a perda gestacional, irritabilidade e padrões anormais no sono das grávidas e lactantes.