Vitamina D tem efeitos se estiver faltando ou se for em excesso; entenda

O papel que a vitamina D desempenha no organismo humano é fundamental. Ela atua na imunidade, no metabolismo, na musculatura, no sistema nervoso central, oferece benefícios ao coração, entre outros. No entanto, sua principal função é cuidar da saúde osteomolecular, agindo nas concentrações de cálcio e fósforo do corpo e ajudando a fortalecer dentes e ossos.

Ela pode ser produzida no organismo em forma da vitamina D3, por meio da exposição da pele à luz solar, ou obtida no consumo de alguns alimentos de origem animal, como peixes e leite. Já a vitamina D2 está presente em suplementos, alimentos fortificados, determinados vegetais e fungos.

Sua falta pode resultar em:

  • Alterações ósseas - como a osteoporose em adultos
  • Raquitismo em crianças
  • Desenvolvimento de resfriados, diabetes e pressão alta
  • Fraqueza muscular
  • Dores crônicas
  • Sonolência
  • Quadros de irritabilidade e depressão
  • Queda de cabelo
  • Baixa resposta imunológica
  • Alterações no sono

Pessoas que não têm o hábito de tomar sol geralmente tendem a vivenciar o problema. Além disso, existem indivíduos com síndrome de má absorção de vitamina D, ou seja, pessoas cujo intestino não absorve o nutriente de maneira ideal. Quem convive com doenças renais ou hepáticas também está propenso à falta de vitamina D, justamente pelo funcionamento inadequado desses órgãos.

Há ainda aqueles com osteoporose, osteomalácia, dor musculoesquelética, hiperparatireoidismo, que realizam tratamento crônico com anticonvulsivantes, glicocorticoides, medicamentos para HIV, antifúngicos; doenças autoimunes, gestantes e lactantes, pacientes com tuberculose, obesidade e idosos em geral.

O excesso também não é bom

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Imagem: bymuratdeniz/iStock

De forma prática, quanto mais vitamina D a pessoa tem no corpo, maiores serão também os níveis de cálcio. O risco é que, com suplementação além do necessário, ocorra hipercalcemia - quando há alto índice de cálcio no corpo. Isso pode causar diversas alterações, sendo a calcificação dos rins uma das mais graves.

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As alterações renais e cardiovasculares exigem maior atenção como complicações dos quadros de intoxicação por vitamina D. Mas outros sintomas podem surgir, ligando o alerta para diagnosticar o quadro, entre elas:

  • Alterações cognitivas (como: falta de concentração e confusão)
  • Sonolência e fraqueza
  • Depressão
  • Psicose
  • Náusea e vômitos recorrentes
  • Dor abdominal
  • Constipação intestinal
  • Úlcera
  • Anorexia
  • Pancreatite
  • Pedra nos rins

Em casos graves, também há casos de estupor (perda de consciência) e coma.

Quais as quantidades ideais de vitamina D?

Recomendam-se níveis de vitamina D de 30 ng/ml, mas acima de 20 ng/ml já é considerado saudável.

É necessário procurar um nutricionista para ajustar a alimentação de forma a aumentar seus níveis de vitamina D. Um endocrinologista também é indicado, caso a dose de vitamina D a ser suplementada seja acima de 2000 UI (Unidades Internacionais).

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De acordo com as profissionais consultadas, a ingestão de vitamina D por meio da dieta contempla cerca de 100 a 200 UI por dia na população geral.

Fonte: Ana Paula Gasques, nutricionista graduada pela UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-Oeste); Angéli Marques Golfetto, nutricionista pós-graduanda pela FAMEESP (Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo); Ruth Egg, nutricionista comportamental e esportiva pela PUC-MG (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais); Eric Slywitch, nutrólogo e mestre em nutrição pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

*Com informações de reportagem publicada em 28/11/2022 e 11/06/2022

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