Diz o ditado que depois da tempestade vem sempre a bonança, mas ele não parece fazer sentido no dia em que o Brasil atingiu a triste marca de 200 mil mortos pela covid-19.
Para os profissionais da área de saúde, o alívio após a redução de casos depois do primeiro pico de infecções no país durou pouco, e a tempestade voltou com céu ainda mais nublado. Houve um repique da doença —ou segunda onda— e hospitais estão novamente cheios, falta medicamentos para sedar e relaxar a musculatura dos pacientes e muita gente está morrendo.
VivaBem ouviu profissionais de seis áreas diferentes e que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus nas cinco regiões do país. Apesar da distância geográfica, os relatos são similares: dificuldades, sofrimento de familiares dos internados e angústia do que ainda estar por vir nesse novo ano. Mas a palavra mais repetida por esses profissionais é exaustão.
Diante de um cenário que poderia ser evitado com medidas de cuidados pessoais e coletivos, eles relatam o cansaço físico e mental com o aumento de casos e não escondem a tristeza e até revolta com o comportamento da sociedade.