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Alektos: para que serve, como tomar, efeitos e bula completa

Alektos: veja para que serve e principais efeitos colaterais do remédio Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem

18/08/2023 16h52

Composto pela substância bilastina, este medicamento é um anti-histamínico (antialérgico) que também possui ação anti-inflamatória.

Confira, a seguir, todas as informações encontradas na bula sobre Alektos.

Alektos: para que serve e bula completa

Para que serve o Alektos? O que ele trata?

Alektos contém bilastina, um anti-histamínico (antialérgico), que apresenta também ação anti-inflamatória. Portanto, o medicamento inibe os receptores periféricos H1 da histamina, sem causar sono ou danos ao coração.

Além disso, Alektos é indicado para o tratamento dos sintomas da rinoconjuntivite alérgica (rinite e conjuntivite juntas), tais como espirros, nariz entupido (congestão nasal), coceira e secreção nasal, olhos vermelhos e lacrimejantes; e ao tratamento dos sintomas da urticária crônica, tais como erupções da pele com placas avermelhadas (eritemas) e pápulas (lesões), acompanhadas de coceira.

Como tomar Alektos?

O medicamento deve ser ingerido por via oral. Os comprimidos devem ser tomados com água, em jejum, uma hora antes ou duas horas após a ingestão de alimentos ou bebidas, inclusive de suco de frutas.

A linha de divisão encontrada no meio do comprimido pode ser usada para dividir o medicamento em duas partes caso haja dificuldade de engoli-lo.

É recomendado tomar 1 comprimido de Alektos 20 mg ao dia, em dose única.

A duração do tratamento nos casos de rinoconjuntivite alérgica e urticária crônica dependerá das características clínicas (tipo, duração e curso dos sintomas), devendo-se seguir as orientações médicas.

Populações especiais

  • Pacientes idosos: Não é necessário ajuste de dose.
  • Pacientes com problemas nos rins: Não é necessário ajuste de dose.
  • Pacientes com problemas no fígado: Não é necessário ajuste de dose nestes pacientes.
  • Pacientes pediátricos: A eficácia e a segurança do uso do produto em crianças abaixo de 12 anos de idade ainda não foram estabelecidas.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Quais as diferenças do uso em adultos e crianças ou bebês?

Alektos é recomendado para maiores de 12 anos.

Já o Alektos PED é indicado para crianças de 6 a 11 anos com peso corporal mínimo de 20 kg.

Quais os possíveis efeitos colaterais e reações do Alektos?

Esse medicamento pode causar os seguintes eventos adversos:

  • Reações comuns (podem afetar até 1 em 10 pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça e sonolência.
  • Reações incomuns (podem afetar até 1 em 100 pacientes a 1 em 1000 pacientes que utilizam este medicamento): traçado anormal do coração no exame de eletrocardiograma (ECG), alterações de determinadas enzimas do fígado (gama-glutamil transferase, alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase), tontura, dor de estômago, fadiga (cansaço), aumento do apetite, batimento irregular do coração, aumento do peso, náusea, ansiedade, nariz seco ou desconfortável, dor de barriga, diarreia, inflamação da parede do estômago, vertigem, sensação de fraqueza, sede, dificuldade de respirar, boca seca, dificuldade de digestão, coceira, herpes oral (feridas de frio), febre, tinido (ruído de sino nos ouvidos), dificuldade de dormir, alterações no exame de sangue que mostram como os rins estão funcionando (aumento de creatinina no sangue), aumento de gordura no sangue (aumento de triglicérides no sangue).
  • Reações com frequência desconhecida: palpitações no coração, taquicardia (rápido batimento do coração), reações alérgicas, cujos sinais podem incluir dificuldade para respirar, tontura, desmaio ou perda de consciência, inchaço da face, lábios, língua ou garganta e inchaço e vermelhidão da pele.

Se você observar qualquer destes efeitos colaterais graves, pare de tomar o medicamento e consulte imediatamente um médico. Se qualquer destes efeitos colaterais se tornarem sério ou se você observar algum efeito colateral não listado, informe seu médico ou farmacêutico.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Alektos dá sono?

Muito raramente algumas pessoas apresentaram sonolência, que pode afetar a sua habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Quais as contraindicações do Alektos? Quem não deve tomar?

Este medicamento não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida à bilastina ou aos demais componentes da fórmula.

Além disso, Alektos é contraindicado para menores de 12 anos de idade.

Grávida pode tomar Alektos?

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

E mais: Alektos não deve ser usado por lactantes (mulheres que estão produzindo leite), a não ser quando absolutamente necessário. Isso porque, dados científicos disponíveis observaram a presença da substância bilastina no leite de animais, porém não há informações sobre a liberação da bilastina no leite humano. O uso deste medicamento durante o período de amamentação deve considerar a relação benefício/risco para a mãe e para a criança. Um estudo em animais não indicou qualquer efeito negativo na fertilidade.

Insuficiência renal moderada a grave

A administração de bilastina com inibidores da glicoproteina P deve ser evitada.

Observação: O medicamento poderá interferir nos testes de alergia feitos na pele.

Interação medicamentosa: pode tomar Alektos com outros medicamentos?

É muito importante informar o seu médico se você estiver tomando, ou tomou recentemente outros medicamentos, incluindo aqueles de venda livre.

Vale saber que o uso de Alektos não teve seu perfil de segurança comprometido ao ser usado em conjunto com medicamentos à base de:

  • Cetoconazol (antifúngico);
  • Eritromicina (antibiótico);
  • Diltiazem (para tratar angina, que é uma dor no tórax causada pela falta de oxigênio no coração);
  • Ciclosporina (para reduzir a atividade do sistema imune, evitando assim rejeição a transplante ou reduzindo a atividade da doença em doenças autoimunes e alérgicas, como psoríase, dermatite atópica ou artrite reumatoide);
  • Lorazepam (para tratar ansiedade) por pacientes com função renal normal.

Por outro lado, o uso de Alektos em conjunto com ritonavir (para tratar AIDS) ou rifampicina (antibiótico) pode reduzir a concentração plasmática de bilastina, ou seja, a quantidade da substância no organismo. No entanto, caso esteja fazendo uso desses ou de outros medicamentos, informe o seu médico.

Interação com álcool

Não se observaram alterações no desempenho psicomotor após a ingestão de 20 mg do medicamento juntamente com álcool.

Ingestão com alimentos

Alektos não deve ser ingerido com alimentos ou bebidas (inclusive suco de frutas e suco de toranja "grapefruit"), pois seu efeito pode ser diminuído. Para evitar isso, você pode:

  • Administrar o comprimido e esperar por 1 hora antes de ingerir alimentos ou suco de frutas;
  • Se você tiver ingerido alimentos ou suco de frutas, aguardar por 2 horas antes de administrar o comprimido.

Informe ao seu médico ou cirurgião dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Que cuidados são necessários ao tomar o Alektos?

Como já dito anteriormente, este medicamento não deve ser usado em casos de hipersensibilidade conhecida à bilastina ou aos demais componentes da fórmula.

Além disso, mulheres grávidas e lactantes (que estão produzindo leite) não devem usar Alektos sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Pacientes idosos não necessitam de alteração na dose do medicamento. Porém, em crianças abaixo de 12 anos de idade, a eficácia e a segurança do uso do produto ainda não foram estabelecidas. Por isso, o uso de Alektos não é indicado para menores de 12 anos.

Pacientes com insuficiência renal

Não há necessidade de ajuste na dosagem do medicamento para pacientes com disfunção renal (problemas nos rins); a dose diária não deve ultrapassar a posologia indicada.

Em pacientes com insuficiência renal moderada a grave, o uso de bilastina com inibidores da glicoproteína P, tais como cetoconazol, eritromicina, ciclosporina, ritonavir ou diltiazem, pode aumentar os níveis plasmáticos da bilastina (quantidade da substância no organismo) e, portanto, aumentar o risco de reações adversas relacionadas à bilastina.

Portanto, o uso de bilastina com inibidores da glicoproteína P deve ser evitada em pacientes com insuficiência renal moderada a grave.

Pacientes com insuficiência hepática

Não há necessidade de ajuste na dosagem do medicamento para pacientes com disfunção hepática (problemas no fígado); a dose diária não deve ultrapassar a posologia indicada.

Interferência em testes de laboratório

De um modo geral, os anti-histamínicos interferem nos testes cutâneos de alergia. Recomenda-se a suspensão do uso do produto por um período adequado antes dos testes.

Qual a eficácia e como o Alektos age?

Os resultados de estudos feitos com o medicamento indicam que a bilastina é absorvida rapidamente e atinge a concentração máxima da substância no corpo cerca de 1 a 3 horas depois que Alektos foi usado.

Em estudos clínicos realizados em pacientes adultos e adolescentes com rinoconjuntivite alérgica (sazonal e perene), a bilastina 20 mg usada uma vez ao dia, por 14 a 28 dias, foi efetivo no alívio de sintomas como espirros, secreção nasal, prurido nasal, congestão nasal, prurido ocular, lacrimejamento e vermelhidão ocular. Isso porque, o medicamento controlou eficazmente os sintomas por 24 horas.

Já em outro estudo com pacientes adultos (12-70 anos) com rinite alérgica intermitente (RAI), o tratamento de duas semanas com Alektos reduziu significantemente os sintomas do problema, e a sua ação durou por, pelo menos, 26 horas.

Em dois estudos clínicos realizados em pacientes com urticária idiopática crônica (doença caracterizada pelo aparecimento diário ou quase que todos os dias de lesões vermelhas na pele), o medicamento usado uma vez ao dia por 28 dias foi eficaz no alívio da intensidade do prurido, do número e do tamanho de eritemas (manchas vermelhas na pele), bem como do desconforto dos pacientes em razão da urticária.

Além disso, foi observado que os pacientes com urticária idiopática crônica melhoraram as condições de sono e qualidade de vida ao usar Alektos.

Precisa de receita médica para comprar Alektos?

Sim.

Como armazenar o Alektos?

O medicamento deve ser conservado na embalagem original e à temperatura ambiente (15°C a 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade são encontradas na embalagem de Alektos.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O que fazer caso tenha esquecido de tomar o Alektos?

Caso tenha esquecido de tomar uma dose, ela deve ser tomada tão logo seja lembrada (sempre uma hora antes ou duas horas depois da ingestão de alimentos ou bebidas, inclusive de sucos de frutas). No entanto, se estiver muito perto da próxima dose, não tome a que foi esquecida. Tome somente a dose seguinte e continue com o esquema regular de dose única diária. Não tome uma dose dupla para compensar a dose esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

O que pode acontecer em caso de superdosagem?

Estudos clínicos apontaram que após o uso da bilastina em doses 10 a 11 vezes maiores do que a dosagem recomendada, a frequência de eventos adversos foi duas vezes mais alta.

As reações adversas mais frequentemente relatadas foram:

  • Tontura;
  • Cefaleia;
  • Náusea.

No caso de ingestão de doses muito acima das recomendadas, procure imediatamente assistência médica, pois não há antídoto específico conhecido para o medicamento. Não tome nenhuma medida sem antes consultar um médico. Informe ao médico o medicamento que utilizou, a quantidade e os sintomas que está apresentando.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Fonte: Revisão técnica do texto feita por: Maria Aparecida Nicoletti, farmacêutica responsável pela FARMUSP FCF (Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo).

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