Sob o capô, os dois modelos trazem a mesma receita: motor 1.0, três cilindros, turboflex. No caso do Volkswagen são até 128 cv com etanol ou 116 cv com gasolina e torque sempre de 20,4 mkgf. Já o Fiat rende 130 cv e 125 cv, com o mesmo torque de 20,4 mkgf também.
A diferença aqui fica na entrega. O torque do Pulse atinge o pico a 1.750 rpm enquanto no Nivus, o torque máximo chega em 2.000 rpm, mas se mantém no topo até 3.500 rpm. Na prática significa que você consegue usar melhor o torque em retomadas e acelerações, já que ele sustenta o pico de entrega por mais tempo.
O câmbio é sempre automático com opção de trocas pela alavanca ou por meio das borboletas atrás do volante, mas do tipo CVT, com relações continuamente variáveis no Pulse, e automático convencional no Nivus.
O conjunto 1.0 mais CVT caiu muito bem ao Pulse. A expectativa por um comportamento apático, como geralmente são carros com CVT, ficou longe da resposta do Pulse.
O casamento foi feliz e permitiu respostas ágeis, tanto no trânsito quanto na estrada em retomadas e acelerações. Com a função Sport ligada, o carro fica divertido e as respostas ainda mais afiadas.
O conjunto do Nivus é igualmente bom, mas não tem respostas tão ágeis quanto do Pulse. O modelo demora um pouco nas respostas, especialmente quando se quer imediatismo, parece que não tem um refino tão bom no casamento de motor e câmbio. Dá para mitigar essa demora usando mais as borboletas nas trocas.
Na suspensão, o trabalho da Fiat foi muito bom. O carro balança pouco nas curvas e, para o padrão Fiat é bem firme e tem respostas boas. Mas o histórico da VW nesse sentido ainda faz a diferença. O Nivus é mais firme nas curvas, em qualquer situação tem respostas mais precisas e diretas da direção para o motorista.
Conta também a favor do Nivus aqui o fato de que o SUV da VW oferece freio a disco nas quatro rodas, ventilados na frente e sólidos atrás, enquanto o Pulse traz discos na frente e tambor no eixo traseiro.
Em termos de consumo, os dados divulgados pela Fiat são de 12 km/l (gasolina) / 8,5 km/l (etanol) na cidade e 14,6 km/l (gasolina) / 10,2 km/l (etanol) na estrada. O tanque de combustível tem 47 litros.
Para o Nivus, os dados são 10,7 km/l (gasolina) e 7,6 km/l (etanol) na cidade e 13,3 km/l (gasolina) e 10,7 km/l (etanol) na estrada. O tanque do VW tem 52 litros.
Apesar de acelerar melhor, no contexto geral de desempenho o Nivus tem um pacote mais acertado, ainda que não atinja os picos do Fiat.