A gente sabe que gosto não se discute. E vamos combinar que os dois modelos estão longe de serem feios. Outro ponto interessante é que eles não seguem o estereótipo dos veículos elétricos, que até pouco tempo atrás pareciam seguir uma "regra" na qual o visual diferente e/ou futurista era obrigatório.
Tanto iEV40 quanto Zoe podem ser facilmente confundidos com carros movidos a combustão. E era exatamente isso que aconteceria se o exemplar cedido pela JAC não tivesse vários adesivos pela carroceria indicando que aquele carro era elétrico.
Falando nele, o iEV40 é baseado no T40, hatch aventureiro lançado pela marca chinesa no Brasil em 2017. Apenas alguns detalhes diferenciam os dois modelos, como o bocal do tanque de combustível "coberto" por um adesivo no veículo elétrico. A frente ostenta um visual mais limpo graças à ausência da grade dianteira convencional, uma vez que não há necessidade das aletas para refrigerar o motor. Atrás do logotipo da JAC fica o bocal para plugar o carregador, cuja abertura da tampa é um charme a parte.
Falta um pouco de personalidade ao interior, que é bem parecido com o do iEV20. O painel digital, por sua vez, tem um visual muito pobre e parece ter vindo de um carro de décadas passadas.
Já o Zoe tem um estilo moderno, mesmo depois de sete anos de vida. O modelo importado para cá ainda é da geração anterior, uma vez que o carro passou por uma reestilização na Europa - que deve chegar em breve ao Brasil. De toda maneira, o compacto possui linhas simpáticas e arredondadas que o fazem parecer menor do que realmente é: o carro tem 4,08 metros de comprimento, 2 cm a mais do que o Sandero.
Os designers da Renault capricharam em detalhes como o desenho dos faróis de neblina e as maçanetas das portas traseiras, que possuem uma impressão digital no lugar onde devemos apertar para abrir a porta. A cabine também peca um pouco pela simplicidade, embora o painel digital em TFT ajude a dar um toque futurista.
No fim das contas, o Zoe agrada mais por ter um estilo bem diferente do restante da gama Renault e também pela originalidade do projeto, sem precisar apelar para traços polêmicos.