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Valeu a pena para o camarote pagar um cachê milionário a Gisele Bündchen?

Colunista do UOL

22/02/2023 12h45

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Durante todo o Carnaval do Rio de Janeiro, o assunto era um só: o cachê milionário pago pelo camarote N1 para Gisele Bündchen. A top model recebeu cerca de US$ 2 milhões, o equivalente a algo na casa dos R$ 10 milhões.

As notícias não foram poucas: o esquema de segurança, o período contratado - apenas 3 horas no espaço e tchau -, seus acompanhantes, o fato de não ter sido vista bebendo cerveja. Tudo virou tema de debate, o que, a princípio prova que o acordo pode ter sido muito benéfico.

Do ponto de vista do marketing, o camarote popularizou ainda mais seu nome com todo o alvoroço em torno de sua chegada. Ao mesmo tempo em que a presença da brasileira mais bem-sucedida no mundo da moda trouxe prestígio, poderia também trazer riscos. Quando a discussão em torno do cachê milionário - R$ 57 mil por minuto - oferece comparações com o oferecido a trabalhadores do camarote, um abismo é social é escancarado.

O mesmo se pode dizer até mesmo com relação a outras celebridades nacionais, que ganharam bem menos que o acordado com a top model. Na Sapucaí, teve famoso torcendo o nariz para o fato de Gisele ter tanto destaque. Alguns preferiram até mesmo ir a outras áreas vips para evitar comparações.

Se a intenção era virar assunto com Gisele, o camarote acertou. O problema é que, em um país com tantas questões sociais urgentes, um cachê gigantesco como este poderia ter virado um tiro pela culatra.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Versão anterior deste texto informava que o cachê de Gisele Bündchen esteve estimado em R$ 2 milhões e que posteriormente subiu para R$ 10 milhões. Na verdade, o cachê acordado foi de US$ 2 milhões, o equivalente a R$ 10 milhões.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL