Vira e mexe, algum famoso resolve escrever uma biografia. Na "gringa", um dos caras mais conceituados a realizar esse tipo de trabalho atende pelo nome de J.R Moehringer.

O compromisso mais recente dele é com o Príncipe Harry, que anunciou o lançamento de um livro sobre sua vida para o ano que vem.

Em comunicado divulgado pela prestigiosa editora Penguin Random House, o herdeiro da família real britânica prometeu revelar "memórias íntimas e sinceras" de sua vida.

E poucas pessoas estão mais em alta para esse tipo de trabalho que Moehringer, jornalista com passagens pelos jornais "New York Times" e "Los Angeles Times" e escritor vencedor do prêmio Pulitzer no ano 2000.

O cara é uma espécie de 'queridinho' das celebridades.

Antes de aceitar ser o coautor do livro do Duque de Sussex, J.R. escreveu sobre grandes personagens, das mais diversas áreas. Aos 56 anos, ele tem quatro livros publicados.

A experiência como biógrafo, no entanto, começou depois de uma já bem-sucedida carreira como jornalista. Em 2000, ele levou o Prêmio Pulitzer de redação em reportagem.

Na época, Moehringer recebeu o reconhecimento por uma série de reportagens sobre Gee's Bend, uma comunidade ribeirinha no Alabama, onde descendentes de escravos viviam isolados.

O primeiro trabalho como autor de livros aconteceu em 2005 e é um registro de memórias do próprio J.R. sobre sua infância e juventude. Um dos leitores de "The Tender Bar" se identificou e adorou o estilo do escritor e acabou se tornando seu maior parceiro.

Antes do lançamento da biografia do membro da realeza britânico, o maior sucesso de J.R. foi "Open: Andre Agassi - Uma Autobiografia", que conta a história de um dos mais controversos ídolos do tênis americano. Foi a primeira experiência dele como co-autor em perfis autobiográficos.

Lançada em 2009, a biografia de Agassi foi um best-seller e chegou a ser classificada como um "livro-bomba" pela crítica na época, por revelar histórias inéditas do tenista.

No livro, o ex-atleta aborda temas como a sua relação com drogas, com o pai violento e o desgosto que pegou pelo tênis.

Moehringer contou na época, ao "New York Times", que ficou tão por dentro da história de Agassi que, em alguns momentos, chegou a achar que era o próprio tenista.

E que se assustava ao encontrar com o próprio Agassi:

Além do best-seller com o ex-tenista, J.R. tem parcerias com outros astros americanos, principalmente em Hollywood. Segundo o jornal britânico Daily Mail, foi George Clooney quem apresentou o escritor ao príncipe Harry.

Clooney, diz a publicação, quer produzir um filme baseado no primeiro livro de J.R. Ben Affleck, seria um dos cotados para interpretar o escritor.

Pelas bandas das estrelas americanas, Moehringer também já foi contratado para escrever a biografia de Phil Knight, um dos fundadores da Nike. Outro livro dele de sucesso é sobre um conhecido ladrão de bancos americano, Willie Sutton.

J.R. mal deu início às conversas com o príncipe e já teve que lidar com os primeiros rumores que surgiram sobre a parceria.

Logo após o anúncio, a editora Penguin Publishers foi a público para desmentir um boato de Harry estaria esperando a morte da Rainha Elizabeth II para lançar o livro.

O título do resultado da parceria de J.R. Moehringer e o filho mais novo de Diana e Charles ainda não foi revelado. Essa é a primeira vez que um integrante da família real escreve um livro de memórias.