Sexo durante menstruação: 8 fatos importantes que todo mundo precisa saber
Em tese, pelo menos sob o ponto de vista fisiológico, não tem problema algum em transar durante o período menstrual. Tudo depende, obviamente, da intimidade e da escolha do casal.
Entretanto, a presença do fluxo exige alguns cuidados básicos para evitar perrengues que vão desde uma gravidez não planejada até a contaminação por doenças.
1. Existe a possibilidade, sim, de uma mulher menstruada engravidar
O risco é bem baixo, pois a ovulação teoricamente aconteceu 14 dias depois da última menstruação e o fluxo segue o caminho inverso (de dentro para fora do corpo) daquele que os espermatozoides precisam fazer para encontrar o óvulo (de fora para dentro). Porém, o óvulo pode ficar armazenado no trajeto entre o ovário e o útero por alguns dias —e como os espermatozoides também costumam permanecer alguns dias nesse trajeto, há o risco de a mulher engravidar.
Ciclos irregulares, ovulações que acontecem num prazo bem inferior a 14 dias e escapes de sangue que são confundidos com o líquido menstrual também são situações propícias à gestação.
2. A libido feminina pode aumentar no período
Ter ou não mais tesão durante a menstruação depende de cada mulher. Em tese, a libido atinge o pico durante a ovulação, mas o primeiro dia do ciclo (ou seja, o dia em que a menstruação desce) também pode afetar positivamente o desejo. Os níveis de estrogênio se elevam alguns dias após o início da menstruação e com isso sobem também os de testosterona, hormônio responsável pela libido. A dificuldade de engravidar nessa fase também pode funcionar como um gatilho positivo, para algumas mulheres.
3. Há maior risco de contrair doenças
A menstruação faz com que o colo do útero fique ligeiramente mais aberto. Os vasos sanguíneos do endométrio também se dilatam, o que torna toda a área mais sensível a fungos, bactérias e à contaminação por ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) como os vírus HPV e HIV, hepatites B e C, gonorreia e clamídia. Por isso, é importante usar preservativo nas relações. Para quem não se importa de praticar sexo oral na parceira menstruada, a camisinha feminina é uma boa alternativa de proteção, já que o sangue é um canal de transmissão de diversas enfermidades.
4. Transar usando absorvente interno é perigoso
Ele não ocupa a totalidade do tubo vaginal e funciona como uma pequena "rolha". Então, para o sexo com parceiros de pênis pequenos, a mulher pode não sentir incômodo, principalmente porque a vagina é ampla. Porém, a movimentação típica do sexo é capaz de empurrar o absorvente bem para o fundo da vagina, provocando dor. A prática não é recomendada pelos ginecologistas por essa razão e por favorecer infecções e corrimentos.
5. O sexo alivia os sintomas menstruais
As relações sexuais liberam endorfinas e serotonina, substâncias produzidas pelo cérebro e que têm ligação direta com o nosso prazer e bem-estar. Elas também têm uma ação analgésica, ajudando a atenuar as cólicas e a melhorar o humor.
6. No climatério, quando a menstruação fica irregular, transar menstruada sem proteção pode acarretar uma gravidez
Enquanto a mulher não chegar à fase da menopausa, que sela a última menstruação da vida, ainda há risco de engravidar, mesmo que baixo. Apenas depois que a mulher ficar um ano inteiro sem nenhum sangramento, os médicos diagnosticam a chegada da menopausa. O climatério é marcado por ovulação anômala, que nem sempre corresponde ao 14º dia após o início do fluxo, por isso a mulher que atravessa essa etapa deve se proteger para evitar uma gravidez indesejada.
7. O sangue funciona como um lubrificante natural
Sim, o fluxo pode facilitar o deslize do pênis, mas por um curto período de tempo. Ao longo da relação o sangue resseca e a chance de a mulher sentir dor e desconforto e até sofrer fissuras vaginais é grande. O ideal é usar lubrificantes à base de água vendidos em farmácia, que reduzem o atrito sem romper o látex do preservativo.
8. O sexo pode influenciar na duração do período menstrual, encurtando-o
Verdade! Isso ocorre porque o orgasmo provoca contrações uterinas, facilitando a saída do sangue e reduzindo a duração da menstruação.
Fontes: Alexandre Pupo Nogueira, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP); Bárbara Murayama, ginecologista e diretora da Clínica Gergin Ginecologia em São Paulo (SP) com MBA em gestão de saúde pela FGV (Fundação Getulio Vargas); Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo (SP) e Mauricio Abrão, ginecologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
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