Sua fome aumenta após comer maçã? Sensação é real, mas pode ser revertida
Bateu aquela fome e você só tem uma maçã disponível para comer? Pois prepare-se: há grandes chances de você voltar a ter a mesma sensação de estômago vazio após alguns minutos. Embora a maçã seja uma ótima opção de fruta e com diversas variedades disponíveis no Brasil, ela costuma aumentar a sensação de fome se consumida sozinha.
O que confunde as pessoas quando o assunto é saciedade é o fato de a maçã ser rica em fibras solúveis, que teoricamente "matariam" a fome. Porém, por mais que contenha fibras, ela é uma fruta pouco calórica (em média, a maçã possui cerca de 65 calorias em 100 g, um valor que pode mudar levemente de acordo com a variedade consumida) e, portanto, não traz a sensação de plenitude gástrica —também conhecida como "barriga cheia"—, que influencia (e muito) na saciedade.
Dá para mudar isso?
Sim. Se você costuma evitá-la por sentir fome após o consumo, a melhor estratégia é combinar a fruta com outros alimentos para aumentar essa sensação de estômago cheio. Iogurte (que tem proteína), farelo de aveia ou outros cereais, e ainda castanhas e outras oleaginosas (ricas em gorduras boas) são boas opções para essa tarefa.
Não faltam motivos para o consumo da fruta, que é um excelente alimento para o organismo, justamente por seu papel antioxidante. Além de ser considerada boa fonte de vitaminas A, C, B1, B2 e niacina, também tem quercetina, um polifenol de ação antioxidante e anti-inflamatória que ajuda a combater os radicais livres.
Há até um provérbio em inglês que diz que "comer uma maçã por dia mantém o médico longe" ("an apple a day keeps the doctor away").
Quando a fome é algo mais
Para algumas pessoas, a fome após comer uma maçã é muito excessiva e exagerada. Junto com ela vem ainda uma alteração de humor, uma irritabilidade e um desespero por comer alguma coisa logo.
Alguns especialistas enxergam nisso um indício de síndrome fúngica, um desequilíbrio na microbiota do intestino (chamado de disbiose) que acaba fazendo com que fungos —que vivem de forma equilibrada e natural no nosso organismo quando comemos de forma adequada — se proliferem de forma descontrolada.
A síndrome pode ser provocada pelo consumo excessivo de açúcares e carboidratos refinados (mas também por estresse ou consumo frequente de antibióticos, entre outros fatores).
Mas o que isso tem a ver com a maçã? Bem, a fruta possui uma substância chamada de arabinose que, quando fermentada pelos fungos do intestino, produz o ácido tartárico, uma substância que provoca hipoglicemia. Ou seja, com muitos fungos, há um excesso de ácido tartárico no corpo e, consequentemente, uma maior fome associada ao consumo da fruta.
Esse não é o único sintoma da síndrome: o desequilíbrio da microbiota intestinal também costuma provocar gases e estufamento e ainda outros sintomas como dor de cabeça e candidíase de repetição. Por isso, é importante que um especialista seja consultado quando esses sintomas forem constantes.
Fontes: Germana Agra, nutricionista do Hospital Universitário Alcides Carneiro, da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), integrante da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Marcella Garcez, nutróloga e diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
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