No apagar das luzes de 2020, a OMS (Organização Mundial da Saúde) realizou uma reunião para marcar um ano da notícia do aparecimento do Sars-CoV-2. O evento fez um apanhado dos fatos, do conhecimento adquirido, destacou a notável colaboração mundial e também contemplou o futuro.
Na ocasião, a fala do presidente da comissão para emergências sanitárias, Michael Ryan, chamou atenção: "A covid foi um alerta. Ela é grave, difundiu-se pelo mundo rapidamente, mas não é, necessariamente, a ameaça mais perigosa".
Ryan se referia ao fato de que essa enfermidade é facilmente transmissível e fatal, mas sua taxa de mortalidade é baixa quando comparada a outras doenças. "Daqui em diante, temos de nos preparar para algo ainda mais grave", disse.
Os cientistas de todo o planeta não estão alheios aos possíveis agentes causadores de doenças. Essa é a razão pela qual a própria OMS listou quais seriam as possíveis doenças infecciosas com potencial epidêmico. Muitas delas já são conhecidas de nós, como a dengue, tuberculose, zika, ebola. Mas também podem surgir novos problemas, como aconteceu com a covid-19.
Por isso, a ideia é reforçar a vigilância e investir em ações para conter o avanço de patologias novas ou "antigas" que estão controladas. Embora achados científicos indiquem possibilidades, ainda é difícil saber qual será o agente infeccioso causador da próxima emergência de saúde global. O certo é que as epidemias não acontecem de um dia para o outro, se relacionam a fatores sociais e ambientais e suas prevenções e enfrentamentos devem envolver toda a comunidade.