Alex Pires conquistou a medalha de prata na maratona da classe T46 (deficiência nos membros superiores), e o Brasil igualou seu melhor desempenho em Paralímpiadas no número de medalhas, com 72.

No último dia de competições, o brasileiro assumiu a segunda colocação no 30º quilômetro e assegurou a prata ao cruzar a linha de chegada do Estádio Nacional de Tóquio em 2h27min00. De quebra, Alex estabeleceu o novo recorde das Américas.

Relacionadas

Ouros de futebol de 5 e canoagem mantêm Brasil no top 7 dos Paralímpicos

Ouro tirado do Brasil é golpe de credibilidade nas Paralimpíadas

Débora Menezes conquista prata e parataekwondo fatura 3ª medalha em Tóquio

Ele aproveitou os metros finais para homenagear o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, e comemorou a prata estendendo os braços, fazendo um aviãozinho. "(A comemoração) Foi na hora. Lembrei do Vanderlei em Atenas. Fiz na hora. Resolvi homenagear ele", falou Alex ao SporTV.

"Ainda não caiu muito a ficha. Claro que na hora que você passa pela linha de chegada, passa um turbilhão de coisas, o que a gente passa ao longo de tantos anos de carreira. Então, eu fico muito feliz de estar aqui', completou o maratonista.

O ouro ficou com o chinês Li Chaoyan, com 2h25min50, novo recorde paralímpico. Já o bronze foi para o japonês Tsutomu Nagata, com 2h29min33.

A prata de Alex foi a 72ª medalha do Brasil na capital japonesa, igualando em número de pódios a campanha das Paralimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. São 22 ouros, superando o recorde de 21 douradas de Londres-2012, além de 20 pratas e 30 bronzes.

Edneusa é quarta

Edneusa Jesus Santos terminou a maratona da maratona na classe T12 (atletas com deficiência visual), com a marca de 3h15min32. A brasileira flertou com o bronze no 25º quilômetro da prova, mas acabou superada pela sul-africana Louzanne Coetzee. Na mesma maratona, Edilene Teixeira Boaventura terminou na sétima colocação, com 3h26min32.

Yeltsin abandona

Dono de dois ouros nas Paralimpíadas de Tóquio, Yeltsin Jacques abandonou a maratona da classe T12 (atletas com deficiência visual) ao completar a metade da prova. O brasileiro estava no segundo pelotão até o momento, brigando pela segunda colocação, com o tempo de 1h14min10.

Já Vanessa Cristina de Souza terminou na 12ª colocação, com 1h51min12, sua melhor marca na temporada na maratona da classe T52 (atletas que competem em cadeira de rodas).