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Entenda o que são os radicais livres e como antioxidantes atuam contra eles

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Imagem: a_namenko/iStock

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

19/08/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Os radicais livres são moléculas que estão em constante formação no corpo, mas em excesso podem fazer mal
  • Em grandes quantidades, atacam tanto as células que o organismo não consegue mais se defender, provocando o estresse oxidativo
  • Para ajudar no combate aos radicais livres, é preciso investir na alimentação rica em antioxidantes, encontrados em frutas, legumes e verduras

Durante as longas horas de trabalho, enquanto praticamos alguma atividade física ou até mesmo no momento de descanso, nosso organismo segue numa batalha contínua. E esta peleja tem uma função muito nobre: pôr fim aos radicais livres, moléculas que estão em constante formação no corpo e que em desequilíbrio podem ser extremamente prejudiciais à saúde.

"Os radicais livres contêm número ímpar de elétrons, o que os torna instáveis. Para garantir estabilidade (e poder atuar livremente pelo corpo), essas moléculas precisam doar ou receber elétrons. E eles fazem isto atacando células saudáveis, o que pode acarretar em algumas desordens metabólicas, dano celular e até mesmo doenças crônicas", explica Priscila Moreira, nutricionista e conselheira do CRN-3 (Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região do Estado de São Paulo).

Em níveis normais, os radicais livres não são prejudiciais à saúde. Eles podem até preencher funções fisiológicas importantes do organismo, como o combate a microrganismos invasores e o controle da pressão sanguínea.

Além disso, o nosso próprio corpo é capaz de combatê-los com a ajuda de enzimas protetoras (conhecidas como enzimas de fase II) que podem reparar 99% dos danos causados pelas moléculas. O problema está quando a gente passa a produzir os radicais livres em excesso, devido a diversos fatores, como exposição excessiva à radiação solar, consumo de álcool e tabaco, poluição ambiental, estresse, ingestão de alimentos não saudáveis, sedentarismo, entre outros.

Com grandes quantidades dessas moléculas circulando, o organismo começa a perder a batalha, levando ao chamado estresse oxidativo. "Isso pode levar a diversos problemas, entre eles piorar o processo do envelhecimento do corpo, aumentar o risco de doenças cardiovasculares e de complicações em indivíduos diabéticos, alterar o sistema imunológico, interferir no desenvolvimento da artrite e de doenças neurodegenerativas, impactar no surgimento de câncer, e outros problemas", alerta Juliana Fernandes, nutricionista e professora adjunta da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

Os antioxidantes entram em ação

Como dito, algumas enzimas do nosso corpo são protetoras e combatem a produção excessiva dos radicais livres. Mas com o envelhecimento natural do organismo, a nossa máquina vai perdendo essa capacidade de defesa. E é aí que deve entrar em cena a arma mais precisa que temos: a alimentação. É na dieta rica em produtos naturais, como frutas, verduras e legumes, que turbinamos o organismo com os tão famosos (e superpotentes) antioxidantes.

"Estas substâncias se ligam aos radicais livres e interagem com eles, capturando-os, estabilizando-os ou inativando-os antes que esses se unam a outra molécula biológica, o que provoca reações danosas ao nosso corpo", aponta Maressa Caldeira Morzelle, professora adjunta na FANUT UFMT (Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso).

Veja abaixo os tipos de antioxidantes e onde encontrá-los

Fresh goiaba on wooden table - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Vitamina C

Tem o papel de evitar a formação de células cancerígenas e o desenvolvimento do câncer. Alguns alimentos fontes de vitamina C: kiwi, acerola, caju, goiaba, laranja, morango e folhosos verde-escuros.

Imagem representativa AMP Além do leite: legumes também apresentam cálcio; veja 12 para apostar (cenoura) - Oriol Portell/Unsplash  - Oriol Portell/Unsplash
Imagem: Oriol Portell/Unsplash

Vitamina A

Os carotenoides e licopenos possuem papel na prevenção do câncer por possuírem habilidades de extinguir um determinado tipo de radical livre que pode surgir no organismo. Alimentos fontes de vitamina A: cenoura, abóbora, tomate, espinafre, couve, mamão, frutas cítricas como laranja, pitanga, goiaba.

nozes - iStock - iStock
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Vitamina E

Essa vitamina contém oito compostos com ação antioxidante e o maior deles é o alfa-tocoferol, que ajuda a reduzir o envelhecimento da pele e na prevenção de problemas cardiovasculares, diabetes, entre outros. Fontes de vitamina E: óleos vegetais e sementes oleaginosas como nozes, amêndoas, grãos integrais e gérmen de trigo.

Aveia - iStock - iStock
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Selênio

Esse mineral melhora o funcionamento da tireoide, fortalece o sistema imune e evita o desenvolvimento de doenças crônicas. Fontes de selênio: aveia, amêndoas, castanha-do-pará, fígado, nozes, frutos do mar, sementes de girassol e trigo integral.

Feijão - Getty Images/iStockphoto - Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Zinco

É um mineral muito importante para a saúde porque participa de várias reações químicas do organismo, aumentando as defesas, estimulando o funcionamento da tireoide, favorecendo a cicatrização de feridas e prevenindo doenças crônicas como diabetes. Alimentos que contêm zinco: aves, carnes, cereais integrais, feijão, frutos do mar, leite e nozes.

Dieta Mind 3 salmão - iStock - iStock
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Ômega 3

É um tipo de gordura boa que tem potente ação anti-inflamatória e que, por isso, pode ser utilizado para controlar os níveis de colesterol e glicemia, ou prevenir doenças cardiovasculares e cerebrais, além de melhorar a memória e a disposição. Alimentos fontes de ômega 3: peixes de mar, como salmão, atum e sardinha, e sementes como chia e linhaça.

Fundo rosa com uma xícara de café - Getty Images - Getty Images
Imagem: Getty Images

Compostos bioativos

Têm atividade anticancerígena, ação anti-inflamatória e propriedades protetoras, principalmente no que diz respeito à diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Alimentos fontes: ácido clorogênico (café), ligninas (presente na linhaça), flavonoides (frutas, verduras e legumes, chás, cacau e soja), antocianinas (cereja, morango, uva) e flavononas (frutas cítricas, como laranja e tangerina).