Manjericão controla açúcar no sangue e combate aftas; veja 9 benefícios
Muito popular em receitas de origem italiana e mediterrânea, o manjericão é rico em nutrientes importantes à saúde: vitaminas A, C, B1, B2 e B3, e minerais, como cálcio, fósforo e ferro. Além disso, contém substâncias com propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, auxiliares no tratamento de cefaleias, sintomas respiratórios, transtornos gastrointestinais e lesões orais e na pele.
Com aroma inconfundível, a erva, originária da África e Ásia, faz parte da família da hortelã (Lamiaceae), caracterizando-se pela refrescância e toque apimentado.
São mais de 60 variedades e entre as mais populares no Brasil estão o manjericão-doce ou alfavaca, com folhas finas e sabor marcante; o manjericão-italiano ou basílico, cujas folhas são espessas, curvadas, com sabor intenso e de cravo; manjericão-miúdo com folhas pequenas e flores brancas e o manjericão-roxo com sabor e aroma suaves.
Da planta, são extraídos óleos essenciais utilizados na culinária, na aromatização de alimentos e bebidas e, também, na indústria de cosméticos e perfumaria. Confira nove benefícios e aprenda a fazer o chá para auxiliar a digestão e tratar doenças respiratórias.
1. Faz bem para o coração
O manjericão é rico em minerais com atuação na saúde do sistema cardiovascular. O magnésio e o potássio regulam o funcionamento do sistema muscular e dos batimentos cardíacos.
2. Ajuda no controle da pressão arterial
O eugenol, óleo que dá ao manjericão seu aroma característico, tem poder antioxidante e vasorrelaxante, com efeitos positivos sobre a pressão arterial.
A presença de taninos, saponinas e flavonoides bloqueia a formação de radicais livres no organismo, evita danos nas artérias e favorece a prevenção e o controle da pressão alta.
3. É benéfico para saúde ocular
A planta tem alta concentração de vitamina A, cujas propriedades são benéficas à saúde ocular, à pele e à manutenção do sistema imunológico. Apresenta, ainda, doses elevadas de carotenoides, como o betacaroteno —poderoso antioxidante convertido em vitamina A no organismo, ampliando as vantagens do micronutriente.
4. Controla o açúcar no sangue
Compostos bioativos melhoram a homeostase da glicose por meio da inibição da digestão e absorção de carboidratos, propriedades que mimetizam e sensibilizam a insulina.
Estudos em animais comprovaram a redução significativa nos valores da glicemia, além de triglicerídeos e colesterol total.
5. Tem função antioxidante
Entre as especiarias, o manjericão possui compostos fenólicos responsáveis pela ação antioxidante, com papel fundamental na melhoria do funcionamento do organismo como um todo.
Somam-se a eles, os flavonoides, principalmente luteolina e naringenina, os quais potencializam os efeitos benéficos, com propriedades anti-inflamatória, antialérgica, hepatoproterora, antitrombótica, antiviral e anticarcinogênica.
6. Ajuda no tratamento de aftas
A presença de substâncias anti-inflamatórias e antimicrobianas permite que a erva seja usada no preparo de chás, bochechos ou gargarejos para tratar aftas, gengivite, dor de garganta e amigdalite. Sua composição melhora sintomas respiratórios (tosses, resfriados ou crises de bronquite).
7. Auxilia no relaxamento
O manjericão tem boas quantidades de geraniol e linalol. Essas substâncias atuam no sistema nervoso central e proporcionam relaxamento e melhora nos sintomas de depressão, ansiedade e insônia.
A erva aromática possui propriedades sedativas suaves, ajudando no controle de enxaquecas.
8. Ajuda no tratamento de doenças inflamatórias
Os óleos presentes na planta —citronelol, eugenol e linalol— agem na redução das inflamações no corpo, como artrite, doenças cardíacas e problemas intestinais.
Além disso, as substâncias estragol, taninos, flavonoides, cânfora, saponinas e ácido cafeico distinguem-se pelo potencial medicinal, desempenhando ações antiácidas, antimicrobianas, antivirais, bactericidas, inseticidas e fungicidas.
9. Combate excesso de gases
A planta tem propriedades carminativas e combate o excesso de gases; é rica em ácido ursólico, que protege e melhora as funções do fígado, e, ainda, contém substâncias com funções digestivas, antiespasmódicas, prevenindo cólicas e dores de estômago.
Como consumir?
O manjericão é consumido fresco ou seco. As folhas frescas possuem maior teor de princípios ativos, vitaminas e fibras e, por isso, é preciso ter cuidados adicionais no manejo, como não secar ao sol e armazenar, de preferência, em frascos de vidro, em local fresco ou na geladeira por um período muito curto, devidamente protegidas da luz e fontes de calor, a fim de manter as propriedades terapêuticas e funcionais. É possível, ainda, guardá-las congeladas ou em infusão com azeite de oliva.
Com alta porcentagem de água (cerca de 92%), os processos de cozimento e desidratação aceleram a perda de vitaminas hidrossolúveis, que são termossensíveis e fotossensíveis. A indicação é adicionar as folhas próximo ao horário de servir o prato para conservar o sabor e o aroma. Em contato com o ar, a erva picada oxida e muda de cor em poucos minutos. Para evitar o fenômeno, regar com azeite é uma alternativa para manter o tom verdejante.
O manjericão é companheiro de tomates e enriquece molhos, sendo o famoso ingrediente do pesto. Pode temperar omeletes, ensopados, peixes e frangos e dá sabor especial a saladas, sopas e refogados de carne. Até sobremesa entra na lista, a torta de morango com a folha é famosa pelo seu frescor e ele também combina com geleias.
Chá de manjericão
O chá por infusão é indicado para problemas digestivos ou respiratórios. A água (150 ml) deve ser aquecida até a fervura e, em seguida, ser colocada sobre as folhas frescas ou secas (1 a 2 colheres de sopa ou 2 a 4 gramas) em recipiente com tampa. Deixe descansar de 5 a 10 minutos, coe e consuma imediatamente. Não é recomendado o armazenado para posterior ingestão. A quantidade máxima diária é de 2 a 3 xícaras ao dia. Vale ressaltar que mesmo sendo uma planta bastante segura para a população em geral, o uso de seu chá não é recomendado para gestantes.
Fontes: Adriana Rolim, farmacêutica, mestre e doutora em farmacologia e professora titular da Unifor (Universidade de Fortaleza); Isolda Prado, médica nutróloga pelo HCFMRP/USP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) e Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora de nutrologia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas); Rose Pagliuso, nutricionista supervisora do HSPE (Hospital do Servidor Público Estadual); Wellyda Aguiar, farmacêutica, mestre e doutora em ciências farmacêuticas e professora da Unifor (Universidade de Fortaleza).
Referências: Taco (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).
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